10 jun, 2025 - 08:14 • Carolina Paredes , Jaime Dantas
Os imigrantes portugueses em Los Angeles, na Califórnia, não escondem o receio com a onda de violência contra as comunidades estrangeiras nos Estados Unidos da América (EUA).
Há quatro dias que a "cidade dos anjos" tem sido palco de momentos de forte tensão, com confrontos entre os 700 fuzileiros da Guarda Nacional, que foram enviados para o local pelo Presidente dos Estados Unidos, e os manifestantes contra a política de imigração adotada por Donald Trump.
Vários imigrantes foram detidos por suspeitas de permanecerem ilegalmente no país. À Renascença, Joana Pinto, uma portuguesa a viver em Hollywood há quatro anos, admite que "mesmo estando legal" tem receio do ICE, organismo que controla a imigração no país.
"Eu acho que qualquer imigrante tem receio do ICE, porque eles podem ser um bocado imprevisíveis", confessa.
A portuguesa deixa ainda críticas à forma como atua este organismo, que atuam "de forma bruta em certas situações".
"Vê-se famílias a serem separadas e crianças a chorar, é horrível de se ver. Obviamente que há aqui pessoas com cadastro e que até são perigosas, que eu acho que, honestamente, deviam ser deportadas, mas no que toca a familiares acho que as coisas deviam ser feitas de outra forma", lamenta.
Com o passar das horas, os protestos alastram-se a cada vez mais cidades dos EUA, entre elas São Francisco, na Califórnia, Tampa, no estado da Florida, a Boston no Massachusetts, e Houston, no Texas.
O Governador da Califórnia, Gavin Newsom, já veio classificar, este domingo, como ilegal a atuação das autoridades federais em Los Angeles, uma vez que "vão contra a soberania" daquele Estado.