10 jun, 2025 - 06:09 • Carolina Paredes
Os protestos em Los Angeles continuam sem dar tréguas e a administração de Donald Trump já destacou mais 2 mil efetivos da Guarda Nacional, esta segunda-feira, assim como enviou cerca de 700 fuzileiros para dispersar as manifestações.
Estes protestos, em que pelo menos 56 pessoas já foram detidas, surgiram após rusgas de detenção de imigrantes ilegais em locais de trabalho e para a comunidade portuguesa no estado da Califórnia a situação parece complicada.
Explicador Renascença
As autoridades norte-americanas realizaram várias (...)
Joana Pinto, a viver em Hollywood há cerca de quatro anos, considera que "é importante sair à rua e protestar", no entanto, considera que a "violência não vai levar a lado nenhum e causa mais ódio e preconceito entre as pessoas".
"A violência só gera violência. As pessoas que estão a protestar começam com violência, a polícia responde com violência. É uma bola de neve que nunca mais acaba até muitos deles serem detidos ou deportados", admite a emigrante portuguesa.
Joana Pinto diz que a situação do Serviço de Imigração e Alfândegas dos Estados Unidos (ICE, na sigla em inglês) também é "complicada".
"Obviamente, há aqui pessoas com cadastro que eu considero que devem ser deportadas, mas há famílias que não têm cadastro e que estão aqui de forma legal. Por isso, acho que as coisas deviam ser feitas de outra forma", diz à Renascença.
Apesar disso, Joana Pinto considera que o envio de efetivos da Guarda Nacional para os pontos com mais tensão faz sentido. Para a emigrante portuguesa, "deve ser difícil conter as pessoas revoltadas" e diz perceber, "de certa forma", o porquê do envio das tropas.
Para Joana Pinto, "há maneiras melhores de passar a mensagem de que as pessoas não estão contentes" com esta gestão.
"Criam destabilização e depois nada muda", lamenta.