12 jun, 2025 - 22:48 • Diogo Camilo
As Nações Unidas exigiu esta quinta-feira, por larga maioria um cessar-fogo imediato incondicional e permanente na Faixa de Gaza, uma resolução que teve voto contra dos Estados Unidos e de Israel e voto a favor de Portugal, uma semana depois dos EUA terem vetado uma iniciativa semelhante no Conselho de Segurança.
Na resolução votada pelos 193 Estados-membros da Assembleia Geral da ONU, é exigida também a libertação dos reféns mantidos em Gaza pelo Hamas, o regresso de prisioneiros palestinianos e a retirada total do exército israelita de Gaza.
A mesma obteve 149 votos a favor, enquanto 12 países votaram contra (entre eles os Estados Unidos e Israel) e outros 10 se abstiveram.
Em reação, representante permanente de Israel nas Nações Unidas, Danny Danon, pediu aos países que não participassem na "farsa", que diz prejudicarem as negociações de reféns ao condenar o Hamas. "É preciso reconhecer que, ao não condicionar um cessar-fogo à libertação dos reféns, estão a dizer a todas as organizações terroristas que sequestrar civis funciona", afirmou.
A resolução em causa "condena veementemente o uso da fome de civis como método de guerra e a negação ilegal de acesso humanitário", mas não é vinculativa e, ao contrário do Conselho de Segurança da ONU, nenhum país tem poder de veto na Assembleia Geral.
A votação aconteceu a uma semana da próxima conferência da ONU, que irá colocar maior pressão internacional para uma solução de dois Estados entre Israel e a Palestina.