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13 jun, 2025 - 01:51 • Ricardo Vieira, com agências
Israel lançou esta sexta-feira um ataque contra instalações nucleares no Irão, no âmbito da operação "Rising Lion" (Leão Nascente, em tradução livre).
Dezenas de alvos militares foram bombardeados em várias regiões do Irão, avançam as forças armadas israelitas. A central nuclear de Natanz foi atingida.
Foram ouvidas explosões na capital, Teerão. A imprensa iraniana diz que zonas residenciais foram atingidas em Teerão e noutras cidades.
O quartel general da Guarda Revolucionária, em Teerão, foi bombardeado, avança a televisão estatal do Irão.
De acordo com a mesma fonte, há relatos não confirmados de que o comandante da Guarda Revolucionária, Hossein Salami, poderá ter sido morto.
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A primeira fase da operação "Rising Lion" já terminou, adiantam os responsáveis militares de Israel citados pelas agências internacionais.
Além de instalações nucleares e militares, Israel também visou comandantes iranianos.
O objetivo desta ação de grande envergadura é impedir que o Irão desenvolva uma arma nuclear, adiantam fontes militares israelitas.
Numa declaração ao país, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse que, se não fosse travado, o Irão poderia fabricar uma arma nuclear "em pouco tempo. Dentro de um ano ou nos próximos meses".
“Nos últimos anos, o Irão produziu urânio enriquecido suficiente para nove bombas atómicas. Nós últimos meses, o Irão deu passos que nunca tinha dado antes, passos para armar este urânio enriquecido”, afirmou.
Os judeus sobreviveram ao regime nazi e, agora, "o Estado judaico recusa-se a ser vítima de um holocausto nuclear perpetrado pelo regime iraniano", disse Netanyahu.
"Atingimos o coração do programa de enriquecimento de urânio do Irão, atingimos o coração do programa de armamento nuclear, atacámos a principal instalação de enriquecimento de urânio do Irão, em Natanz, também atacámos o coração do programa de mísseis balísticos", adianta o primeiro-ministro israelita.
Netanyahu acusa o Irão de estar a preparar um novo plano para destruir Israel e argumenta que esta operação também protege a região da ameaça de Teerão.
"Tenho uma mensagem para o corajoso povo do Irão: a nossa luta não é contra vocês, é contra a ditadura brutal que vos oprime há 46 anos. Acredito que o dia da vossa libertação está próximo", declarou.
Israel diz estar preparado para uma retaliação do Irão. O ministro da Defesa, Israel Katz, decretou o estado de emergência no país.
As sirenes de alerta tocaram em Israel e a população recebeu um alerta telefónico.
Antes do discurso à nação, Benjamin Netanyahu tinha divulgado um comunicado a informar que a operação "Rising Lion" vai prolongar-se por vários dias, "para conter a ameaça iraniana à sobrevivência de Israel".
Os serviços secretos israelitas, Mossad, estão a realizar operações de sabotagem em solo iraniano, avança o site Axios.
O secretário de Estado norte-americano garante que os Estados União não participaram neste ataque.
A principal prioridade é proteger os militares americanos na região, adianta Marco Rubio.
Delegações dos EUA e do Irão têm uma reunião marcada para domingo, para tentar alcançar um acordo sobre o programa nuclear de Teerão.
