13 jun, 2025 - 09:59 • Teresa Almeida , Olímpia Mairos
O mundo desperta para um novo conflito. Esta madrugada, Israel atacou o Irão e as forças de Teerão acabam de retaliar.
Telavive fala em ponto sem retorno. As forças israelitas atacaram as instalações nucleares no Irão e pelo menos quatro líderes militares do regime iraniano morreram. As autoridades iranianas ameaçam com uma retaliação dolorosa - para já foram lançados mais de 100 drones sobre o território israelita que está em alerta máximo.
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A central nuclear de Natanz foi atingida e está nesta altura a ser vigiada. O espaço aéreo na região está fechado.
Médio Oriente
Dezenas de alvos militares foram bombardeados. Pri(...)
Na análise Manuel Poejo Torres, especialista em relações internacionais, este ataque era do conhecimento dos aliados de Israel, como os Estados Unidos e o Reino Unido.
O especialista admite que as próximas horas são importantes, mas este ataque até pode ajudar nas negociações que já existiam entre Donald Trump e o Irão.
“Leva à erosão dos pilares de comando e controlo do próprio Estado iraniano, que estavam a dificultar o processo negocial entre o Irão e os Estados Unidos da América. Pode ser, pode ser, que agora, de facto, Donald Trump tenha razão e que isto leve a uma capitulação negocial por parte do regime islâmico-teocrático de Ali Khamenei”, aponta.
Nestas declarações à Renascença, Manuel Poejo Torres assinala o receio de que este conflito possa escalar, mas tudo vai depender da resposta das autoridades iranianas - o ideal seria que o Irão se ficasse por uma resposta simples, como a que está a acontecer.
“O Irão ainda tem o programa nuclear, ele não foi tudo destruído. Se não quiser perder a face e fazer um ataque simbólico, e os mísseis iranianos são intercetados no ar e o regime mantém-se em exercício de funções, isso seria ideal”, assinala.
“Se de facto o objetivo é neutralizar Israel, então isso terá uma terceira resposta por parte do governo de Jerusalém e isso pode levar à queda do governo se começarem a atacar unidades do comando e controle político do próprio regime, que neste momento foi poupado”, acrescenta.
O líder supremo do Irão, Ali Khamenei, prometeu hoje um destino "amargo e doloroso" para Israel, após os ataques que mataram altos funcionários militares e nucleares iranianos.
António Guterres apelou a Irão e Israel para que "(...)