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Guerra no Médio Oriente

Netanyahu promete que Teerão pagará "preço elevado" por matar civis

15 jun, 2025 - 16:50 • Beatriz Pereira com Lusa

A escalada da guerra entre os dois países causou já 128 mortos e 900 feridos no Irão e 13 mortos e 150 feridos em Israel.

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Israel diz que Irão pagará "preço elevado" por matar civis. Ataques com mísseis continuam no Médio Oriente
Veja aqui o vídeo.

O primeiro-ministro israelita afirmou este domingo que o Irão "pagará um preço elevado por matar civis", após a morte de 13 pessoas nos últimos dias nos ataques iranianos contra Israel.

"O Irão pagará um preço elevado por matar intencionalmente civis, mulheres e crianças. Alcançaremos o nosso objetivo de uma só vez", disse Benjamin Netanyahu, durante uma visita à cidade de Bat Yam, nos arredores de Telavive, onde um míssil atingiu um edifício na noite passada, matando pelo menos seis pessoas.

Netanyahu dirigiu-se ao local onde um edifício de dez andares, agora quase destruído e com a fachada completamente aberta, foi atingido no sábado à noite por um míssil balístico.

O chefe do Governo expressou pesar "pela perda de vidas" e exortou a população a seguir as diretrizes de segurança.

"Quem as ouviu e cumpriu, e se encontrava numa zona protegida, salvou-se. Quem não o fez, infelizmente, ficou ferido", disse o governante.

O primeiro-ministro estava acompanhado pelos ministros da Defesa, Israel Katz, e da Energia e pelos comissários da Polícia, Bombeiros e Resgate, além das autoridades locais de Bat Yam.

O Presidente israelita, Isaac Herzog, também esteve presente no local e reiterou que o objetivo de Israel com esta ofensiva aérea sem precedentes contra o Irão é "mudar a realidade no Médio Oriente".

Herzog acusou a República Islâmica de armar outros inimigos regionais e de desenvolver a sua capacidade nuclear, "a mais perigosa para a humanidade".

No entanto, de acordo com o meio de comunicação norte-americano Axios, Israel não dispõe das bombas "anti-bunker" ou dos grandes bombardeiros necessários para destruir a central de enriquecimento de urânio iraniana Fordo, construída numa montanha a grande profundidade, pelo que está a pedir aos Estados Unidos que se envolvam na ofensiva.

Esta mesma mensagem foi partilhada por Netanyahu, que se questionou, de forma hiperbólica, o que poderia acontecer se o Irão conseguisse não um, mas 20.000 mísseis nucleares.

"Uma ameaça existencial para Israel. É por isso que embarcamos numa guerra de salvação contra uma dupla ameaça de aniquilação, e estamos a fazê-lo com vigor, com os nossos soldados, os nossos pilotos nos céus do Irão", acrescentou.

A guerra entre Israel e o Irão, desencadeada na madrugada de 13 de junho por bombardeamentos israelitas que visaram instalações militares e nucleares iranianas, causou já mais de 100 mortos e 800 feridos no Irão, entre lideranças militares, cientistas e civis.

Os ataques israelitas, efetuados por 200 aviões contra uma centena de alvos, atingiram sobretudo Teerão (norte) e atingiram as centrais de enriquecimento de urânio de Fordo e Natanz (centro), o aeroporto de Mehrabad e várias bases militares.

O Irão retaliou com centenas de mísseis direcionados às cidades de Telavive e Jerusalém, que fizeram pelo menos 13 mortos e 150 feridos.

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