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Guerra no Médio Oriente

Trump vetou plano de Israel para assassinar o aiatolá Ali Khamenei

15 jun, 2025 - 17:59 • Diogo Camilo

Benjamin Netanyahu confirma em entrevista à Fox News que os ataques de Israel podem levar a uma mudança de regime no Irão. Israel terá reportado aos EUA que tinha a oportunidade de matar o aiatolá Ali Khamenei, mas Trump rejeitou o plano.

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Donald Trump terá rejeitado um plano de Israel nos últimos dias que culminava na morte do líder supremo do Irão, o aiatolá Ali Khamenei, avançam duas fontes norte-americanas à Reuters.

Uma delas refere mesmo que, até que o Irão faça alguma vítima norte-americana, os Estados Unidos não se devem envolver em mudanças do regime iraniano.

Em entrevista à ABC, Trump admite que é possível que os EUA se envolvam no conflito entre Irão e Israel e mostra-se disponível para que Vladimir Putin seja o mediador do conflito entre os dois países, algo conversado com o líder russo este sábado ao telefone.

O presidente norte-americano e o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, têm estado em constante comunicação sobre os planos de ataque ao Irão, desde que Israel lançou uma ofensiva na madrugada de sexta-feira, como pretexto para deter o programa nuclear iraniano,

Israel terá reportado aos EUA que tinha a oportunidade de matar o líder do regime iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, mas Trump rejeitou o plano.

Israel diz que Irão pagará "preço elevado" por matar civis. Ataques com mísseis continuam no Médio Oriente
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Este domingo, em entrevista à Fox News, Benjamin Netanyahu afirmou mesmo que os ataques de Israel podem levar a uma mudança de regime no Irão, acrescentando que Israel fará tudo o que seja necessário para remover a "ameaça existente" de Teerão.

"Pode certamente ser esse o resultado, porque o regime do Irão está muito fraco", declara Netanyahu, que aponta que existem duas ameaças - a nuclear e a de mísseis. "Agimos para nos salvarmos, mas também para proteger o mundo deste regime incendiário. Não podemos ter o regime mais perigoso do mundo com as armas mais perigosas do mundo", disse o líder de Israel.

Na mesma entrevista, Netanyahu declarou que Israel "destruiu a principal instalação" da central nuclear de Natanz, no centro do Irão. "Destruímos a principal instalação de Natanz. É a principal unidade de enriquecimento [de urânio]", afirmou, depois de na sexta-feira a Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA) ter indicado que parte da unidade-piloto de enriquecimento de urânio de Natanz fora destruída pelos bombardeamentos israelitas.

Netanyahu avançou também que o exército israelita eliminou o chefe dos Serviços Secretos da Guarda Revolucionária iraniana, Mohamad Kazemi, e do seu número dois, Hassan Mohaqeq, em Teerão.

Já o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, esteve em conversa por telefone este domingo com Donald Trump e defendeu uma "ação urgente" para impedir que o inédito conflito israelo-iraniano se alastre a toda a região do Médio Oriente.

Em comunicado, a presidência turca sublinhou a "necessidade de uma ação urgente para impedir uma catástrofe que poderia envolver toda a região". Esta foi a segunda conversa entre ambos em menos de um dia, com Erdogan a mostrar-se pronto a "desempenhar um papel de facilitador".

A guerra entre Israel e Irão iniciou-se na madrugada desta sexta-feira, 13 de junho, depois de bombardeamentos israelitas a instalações militares e nucleares do Irão, que mataram líderes militares, cientistas e civis iranianos. Entre os mortos estavam pelo menos 15 oficiais superiores, confirmou Teerão, incluindo o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, general Mohamad Hossein Baqari, o comandante-chefe da Guarda Revolucionária Iraniana, Hossein Salami, e o chefe da Força Aeroespacial da Guarda Revolucionária, general Amir Ali Hajizadeh.

[notícia atualizada às 20h52 do dia 15 de junho de 2025]

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