15 jun, 2025 - 20:48 • Diogo Camilo
A presidente da Comissão Europeia falou ao telefone com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, para pedir um "compromisso com a paz, estabilidade e esforços diplomáticos" que levem à redução das tensões entre os israelitas e o Irão.
Em publicação na rede social X, Ursula von der Leyen sublinha que "Israel tem o direito a se defender" e que o Irão é a "principal fonte de instabilidade na região".
"Estamos a acompanhar os acontecimentos no Médio Oriente com profunda preocupação. A Europa sempre foi clara. O Irão jamais poderá adquirir uma arma nuclear", indicou, ressalvando que existe uma "necessidade urgente" para chegar a uma solução na região.
A líder europeia fala em "grandes preocupações" no que diz respeito ao programa nuclear e de misséis balísticos do Irão, referindo que os mesmos "atingem indiscriminadamente cidades não apenas em Israel, mas também na Ucrânia".
Von der Leyen falou com Netanyahu também sobre Gaza, para indicar que a situação na região é "inaceitável". "Reiterei o apelo urgente para que toda a ajuda humanitária chegue imediatamente aos civis necessitados", indicou a presidente da Comissão Europeia, que refere como "necessidade" um cessar-fogo entre Israel e Hamas e a libertação imediata de reféns.
A chefe da diplomacia da União Europeia convocou hoje para terça-feira uma reunião extraordinária dos 27 ministros dos Negócios Estrangeiros, para debater o conflito entre Israel e o Irão, "tendo em conta a gravidade da situação".
A reunião, por videoconferência, "permitirá uma troca de pontos de vista e uma coordenação da ação diplomática com Telavive e Teerão, bem como sobre as eventuais próximas medidas a tomar", anunciou um responsável do gabinete da Alta Representante da UE para a Política Externa e de Segurança, Kaja Kallas.
A UE apela mais uma vez para o desanuviamento deste conflito, garantindo que está disposta a "apoiar todos os esforços diplomáticos destinados a aliviar as tensões e a encontrar uma solução duradoura para a questão nuclear iraniana".
Tal solução, insistiu o responsável diplomático do bloco comunitário europeu, "só pode ser alcançada através de um acordo negociado".