16 jun, 2025 - 13:25 • João Malheiro
Portugal já recebeu 130 pedidos de repatriamento de cidadãos portugueses que se encontram em Israel, segundo avançou esta segunda-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros. A operação para fazer regressar estes cidadãos já está em curso, garantiu Paulo Rangel, que relativizou a situação do grupo de 37 pessoas retido na Jordânia. Ali, recordou, o espaço aéreo esteve temporariamente fechado, mas já reabriu e os portugueses estão em segurança. Do Irão, já foram retirados 5 portugueses.
Aos jornalistas, Paulo Rangel esclareceu que os cidadãos que efetuaram pedido de repatriamento são, na sua maioria, pessoas que se encontravam temporariamente em solo israelita, ou em turismo, ou em trabalho. Há, ainda, "um ou outro residente" em Israel que também pediram repatriamento. “Tivemos 130 pedidos de repatriamento, alguns, uma parte muito importante dos cidadãos, estavam em trânsito, seja por turismo ou trabalho”, esclareceu.
O governante diz que já está em curso uma operação para responder aos pedidos, quer seja garantido o regresso por via rodoviária, quer seja por via aérea. Questionado pelos jornalistas, Rangel não quis avançar prazos ou mais pormenores, apontando apenas que se trata de um quadro "complexo" e que exige "serenidade".
No domingo saíram do Irão, onde a situação era “mais urgente”, quatro portugueses, detalhou o ministro. “Saíram ontem, por nossa mão, por terra, quatro portugueses para o Azerbaijão. Também já tinha saído um pela Turquia.” Há ainda três expatriados que pretendem regressar, mas tem meios próprios para fazê-lo. A “segunda situação mais complexa” passa por retirar de Israel os portugueses que querem regressar.
O ministro dos Negócios Estrangeiros sublinhou, também, que o Governo português recomenda que as pessoas não viajem para a região do Médio Oriente, desde os ataques do Hamas de 7 de outubro.
"Todos sabem que esta é uma zona de conflito totalmente materizalizado. O que se pede é que se registem junto do MNE", apela.
Paulo Rangel assegura, ainda, que estão garantidas as condições de segurança na Jordânia, depois de um grupo de 37 portugueses retidos, devido ao encerramento do espaço aéreo, acusarem as autoridades portugueses de falta de apoio.
Em declarações à Lusa, Carlos Lima, um dos elementos do grupo, que viajou para a Jordânia de férias no passado dia 5, explicou que o voo de regresso a Portugal estava previsto para domingo, mas que os viajantes foram avisados de que o voo seria adiado para segunda-feira à noite.
O ministro dos Negócios Estrangeiros sublinha que o Governo está a acompanhar a situação destes portugueses desde sexta-feira. Além disso, afirmou que o grupo vai regressar a Portugal com a mesma agência de viagem com que viajou até àquele país. “A informação na Jordânia é errada. Há uma pessoa, compreensivelmente, aflita, mas já recebi contacto de quatro pessoas que estão totalmente tranquilas”, concluiu o ministro.