17 jun, 2025 - 20:06 • Fábio Monteiro com Reuters
Um juiz argentino aprovou esta terça-feira o pedido de Cristina Fernández de Kirchner para cumprir em regime de prisão domiciliária a pena de seis anos de prisão a que foi condenada por corrupção.
A decisão surge na sequência da confirmação da sentença pelo Supremo Tribunal da Argentina.
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A antiga presidente, de 72 anos, tinha sido condenada em 2022 por desviar contratos de obras públicas para um associado próximo, num esquema que, segundo a justiça, começou com o seu marido e antecessor, Néstor Kirchner.
A idade da ex-chefe de Estado permite-lhe, segundo a legislação argentina, cumprir pena em casa.
"Esta Argentina nunca deixa de nos surpreender", disse Kirchner aos apoiantes, classificando os juízes do Supremo como um "triunvirato de figuras indignas" ao serviço de interesses económicos.
O atual Presidente argentino, Javier Milei, celebrou a decisão do Supremo com a palavra "Justiça" na rede X, partilhando mensagens de apoio à condenação.
Milei, eleito em 2023, tem sido um crítico feroz da família Kirchner, que acusa de corrupção e má gestão económica.
"Podem prender-me, mas acham mesmo que isso vai resolver alguma coisa? As pessoas vão continuar cada vez pior", disse Kirchner numa intervenção pública.
A decisão do Supremo Tribunal fecha a possibilidade de recurso e impede definitivamente Kirchner de voltar a ocupar cargos públicos.