22 jun, 2025 - 17:50 • Fábio Monteiro , Diogo Camilo
Os Estados Unidos recorreram à GBU-57, uma bomba de uso exclusivo norte-americano, para destruir a central nuclear de Fordo, localizada a cerca de 100 quilómetros de Teerão e considerada uma das infraestruturas mais protegidas do programa nuclear iraniano.
Já segue a Informação da Renascença no WhatsApp? É só clicar aqui.
A GBU-57 pesa 13.600 quilos e foi concebida para penetrar alvos profundamente enterrados. Em testes, demonstrou capacidade para atravessar até 18 metros de betão ou 61 metros de terra antes de detonar, o que a torna adequada para operações contra infraestruturas subterrâneas fortificadas.
A central de Fordo, situada em túneis escavados sob montanhas, tinha escapado até agora aos ataques israelitas, que se concentraram noutras instalações de enriquecimento de urânio. O ataque norte-americano representou uma mudança significativa na ofensiva.
Estados Unidos transferem bombardeiros B-2 para Gu(...)
Esta bomba só pode ser lançada por bombardeiros B-2 Spirit, uma aeronave furtiva operada exclusivamente pela Força Aérea dos EUA. Cada bombardeiro pode transportar duas bombas GBU-57.
Com 6,3 metros de comprimento e um sistema de orientação por GPS, a GBU-57 foi desenvolvida no início dos anos 2000. Em 2009, o Departamento de Defesa norte-americano encomendou 20 unidades à Boeing, fabricante responsável pelo armamento.
O B-2 Spirit, com autonomia de 11 mil quilómetros (que pode atingir 18.500 com reabastecimento), é uma das aeronaves mais avançadas dos EUA. Cada unidade custa cerca de 2 mil milhões de euros, sendo considerada a aeronave militar mais cara alguma vez produzida.
A missão em Fordo marca uma das raras utilizações conhecidas da GBU-57 em combate, depois de anteriores missões no Afeganistão e na Líbia com outros tipos de armamento.