03 set, 2025 - 16:44 • Catarina Severino Alves , com Reuters
Em reação à participação de Vladimir Putin e Kim Jong-un na grande parada militar que se realizou esta quarta-feira, em Pequim, Donald Trump disse que a China, a Rússia e a Coreia do Norte estão a conspirar contra os Estados Unidos da América.
“Que o Presidente Xi e o maravilhoso povo da China tenham um dia de celebração grandioso. Por favor, transmita os meus calorosos cumprimentos a Vladimir Putin e Kim Jong-un, enquanto conspiram contra os Estados Unidos da América”, escreveu o Presidente norte-americano na rede social Truth Social, enquanto decorria o evento militar, em Pequim.
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Trump relembrou ainda “o enorme apoio e 'sangue' que os Estados Unidos da América deram à China para ajudá-la a garantir a sua liberdade contra um invasor estrangeiro muito hostil”, durante a Segunda Guerra Mundial.
“Muitos americanos morreram na busca da China pela vitória e pela glória. Espero que eles sejam honrados e lembrados pela sua bravura e sacrifício”, continuou.
Na resposta, Putin declarou que Trump demonstra sentido de humor ao sugerir uma conspiração contra os Estados Unidos.
O Presidente russo sublinhou que todos os países com quem conversou durante a visita à China apoiam a cimeira EUA-Rússia, realizada no mês passado, no Alasca, e estão esperançados que as conversações possam ajudar a acabar com a guerra na Ucrânia.
Questionado sobre as declarações de Trump pela televisão estatal russa, Yuri Ushakov, assessor do Kremlin negou a acusação de conspiração e sugeriu que Trump pudesse estar a ser irónico.
“Gostaria de dizer que ninguém conspirou, ninguém planeou nada, não houve conspirações”, disse Ushakov. “Ninguém sequer teve esse pensamento – nenhum dos três líderes teve tal pensamento”, respondeu.
Yuri Ushakov acrescentou que “compreendem o papel desempenhado pela atual administração do Presidente Trump e pelo próprio Presidente Trump na atual situação internacional”.
Para celebrar os 80 anos da derrota do Japão na Segunda Guerra Mundial, o Presidente chinês, Xi Jinping, organizou uma parada militar em Pequim.
Entre os cerca de 25 líderes mundiais que marcaram presença, estava o líder da Rússia, Vladimir Putin, e da Coreia do Norte, Kim Jong-un. Foi a primeira vez que os três líderes foram vistos juntos.
O espetáculo de exibição de equipamento militar na Praça de Tiananmen durou mais de uma hora. No final foram libertadas 80 mil pombas, um sinal de paz.
Durante o evento, o Presidente chinês declarou que “a humanidade enfrenta novamente a escolha entre a paz ou a guerra, o diálogo ou o confronto, ganho mútuo ou soma zero”.
De acordo com a agência Reuters, Xi Jinping assegurou que a China “está firmemente do lado certo da história”.