10 set, 2025 - 21:50 • Fábio Monteiro
Charlie Kirk, ativista conservador norte-americano e uma das figuras mais influentes junto da Administração Trump, morreu esta quarta-feira, após ser baleado durante um evento na Universidade Utah Valley, em Orem.
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Com apenas 31 anos, Kirk era uma das vozes mais destacadas da direita nos Estados Unidos, tendo construído uma carreira centrada na mobilização de jovens eleitores conservadores.
Casado e com dois filhos, fundou a Turning Point USA aos 18 anos, em 2012, após a publicação de um artigo no site Breitbart News, onde acusava os manuais escolares de "doutrinarem" os jovens com ideias progressistas.
A exposição mediática abriu-lhe portas para entrevistas e aparições televisivas, culminando na criação da TPUSA, actualmente com presença em mais de 850 universidades e escolas.
A organização promove palestras com figuras da direita, regista estudantes para votar e lidera uma rede nacional de jovens conservadores.
Durante a pandemia, a TPUSA foi criticada por financiar campanhas com desinformação sobre a vacinação. Kirk também foi um dos principais promotores da teoria de fraude eleitoral nas presidenciais de 2020.
Estados Unidos
Comentador e ativista conservador foi alvejado dur(...)
Em 2019, Kirk criou também a Turning Point Action, um grupo de ação política que apoia candidatos conservadores. Este grupo organizou vários comícios em apoio a Trump, incluindo o movimento “Estudantes com Trump”, promovido durante as campanhas de 2020 e 2024.
“Charlie Kirk, o que ele fez com os jovens… Na verdade, além dos hispânicos, essa foi provavelmente a nossa maior mudança. Então, Charlie, agradeço o que você fez”, disse Trump, após a vitória de 2024, reconhecendo o papel de Kirk no aumento do apoio entre jovens eleitores.
Kirk tinha ainda um programa diário de rádio, "The Charlie Kirk Show", e um podcast que contava com mais de 500 mil ouvintes mensais.
Nas redes sociais, acumulava mais de 14 milhões de seguidores, com 5,3 milhões apenas na plataforma X (antigo Twitter).
Em 2021, o nome de Charlie Kirk foi associado ao comício de 6 de janeiro, que antecedeu a invasão ao Capitólio. Embora tenha promovido o transporte de apoiantes de Trump para Washington, nunca foi investigado pelo Congresso norte-americano.