10 set, 2025 - 14:30 • Catarina Severino Alves
O mundo já está a reagir à entrada de drones russos no espaço aéreo da Polónia, durante um ataque à Ucrânia, na madrugada desta quarta-feira.
O Governo de Luís Montenegro afirma que Portugal "condena veemente a violação do espaço aéreo polaco pela Rússia".
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Através da rede social X, o ministério dos Negócios Estrangeiros diz que a guerra da Rússia contra a Ucrânia representa "uma grave ameaça à segurança de toda a Europa".
"Portugal manifesta a sua total solidariedade com a Polónia enquanto aliada da NATO e Estado-Membro da UE", termina.
As reações de condenação à incursão russa são comuns a vários países da Europa, da França à Ucrânia.
Emmanuel Macron considera a ação "inaceitável". "Peço à Rússia que ponha fim a esta corrida precipitada (...). Não faremos concessões à segurança dos aliados", escreveu o presidente francês na rede social X, avançando que, "em breve", vai reunir com o secretário-geral da NATO, Mark Rutte.
"Este é um ataque à segurança de toda a área euro-atlântica", acrescentou o ministro dos Negócios Estrangeiros italiano, Antonio Tajani, na mesma plataforma.
Os governos da Suécia, Noruega e Letónia fizeram declarações semelhantes, manifestando o seu apoio à Polónia.
O presidente da Letónia, Edgar Rinkēvičs, sublinhou que "os aliados estão e devem continuar a trabalhar em conjunto". Já o ministro dos Negócios Estrangeiros da Noruega, Espen Barth Eide, disse que a incursão russa em território polaco é "profundamente preocupante".
Na Ucrânia, o presidente Volodymyr Zelensky considera que o lançamento noturno de drones russos em direção à Polónia é um "precedente extremamente perigoso para a Europa".
Segundo o presidente ucraniano, a Rússia lançou mais de 40 mísseis balísticos de cruzeiro e 415 drones no ataque desta quarta-feira, "que se estendeu à Polónia".
Por outro lado, a Bielorrússia, aliada de Vladimir Putin, atribuiu a entrada de drones russos na Polónia à perda de rumo devido aos sistemas de guerra eletrónica e admitiu ter abatido parte dos aparelhos afetados no território bielorusso.
Num comunicado citado pela agência de notícias espanhola EFE, o chefe do Estado-Maior bielorusso, major-general Pável Muraveiko, disse que a Bielorússia notificou a Polónia e a Lituânia sobre os drones que se aproximavam.
Durante a madrugada, as forças polacas abateram "objetos hostis", que invadiram o espaço aéreo da Polónia. Já na manhã desta quarta-feira, os militares encontraram destroços de sete drones e um objeto não identificado, segundo a imprensa polaca.
O primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, anunciou esta quarta-feira que vai invocar o artigo 4 da NATO. A decisão de Donald Tusk desencadeia um porcesso de consultas no seio da Aliança Atlântica e pode conduzir a ações da NATO.