Ouvir
  • Noticiário das 14h
  • 14 nov, 2025
A+ / A-

Guerra na Ucrânia

Rutte: "Intencional ou não", ataque da Rússia é "imprudente"

10 set, 2025 - 12:06 • Ana Kotowicz

"Está em curso uma avaliação completa do incidente. O que é claro é que a violação de ontem à noite não é um caso isolado", disse o secretário-geral da NATO.

A+ / A-

"Imprudente" e "perigoso". Foi assim que o secretário-geral da NATO classificou o incidente da noite de terça-feira entre a Rússia e a Polónia, garantindo que a Aliança Atlântica está pronta para defender cada centímetro do seu território.

Para já, e depois de a Polónia ter ativado o artigo 4.º da NATO, há uma “avaliação completa em curso”, disse Rutte, numa curtíssima declaração à imprensa.

"Tenha sido intencional ou não, é absolutamente imprudente, é absolutamente perigoso”, disse, já na fase de perguntas dos jornalistas.

Além disso, o secretário-geral da NATO congratulou-se com a resposta dos aliados, esclarecendo que envolveu vários países. "Penso que o que vimos ontem à noite foi uma reação muito bem-sucedida da NATO e dos aliados, incluindo, naturalmente, a própria Polónia, mas também os Países Baixos, a Itália e a Alemanha — todos os envolvidos. Estou verdadeiramente impressionado."

Mark Rutte explicou que quando, durante a noite de terça-feira, vários drones provenientes da Rússia violaram o espaço aéreo polaco, as defesas aéreas da NATO foram ativadas: "Vários aliados estiveram envolvidos ao lado da Polónia. Entre eles, caças F-16 polacos, F-35 neerlandeses, aeronaves AWACS italianas, aviões de reabastecimento multimissão da NATO e sistemas Patriot alemães. Quero elogiar os pilotos e todos os que contribuíram para esta resposta rápida e competente."

Durante a madrugada de terça-feira, as forças polacas abateram “objetos hostis”, que invadiram o espaço aéreo do país. Já na manhã desta quarta-feira, os militares encontraram destroços de sete drones e de um objeto não identificado, escreve a imprensa polaca.

A avaliação feita por Kiev é a de que duas dúzias de drones russos tenham entrado no espaço aéreo polaco durante a noite, segundo escreveu o Presidente Volodymyr Zelensky na rede social x.

Na sequência do incidente, o primeiro-ministro polaco anunciou no Sejm, o parlamento polaco, que o país vai invocar o artigo 4 da NATO, o que desencadeia um processo de consultas no seio da Aliança Atlântica e pode conduzir a ações por parte da NATO. A decisão foi tomada em conjunto com o Presidente Karol Nawrocki, que é também o comandante supremo das Forças Armadas.

Rutte dirige-se a Putin

Durante a sua intervenção, Mark Rutte dirigiu-se diretamente ao Presidente russo, deixando avisos de que a NATO responderá a quaisquer tentativas de agressão.

“Para Putin, a minha mensagem é clara: pare a guerra na Ucrânia, pare de escalar a guerra, que está agora basicamente a dirigir contra civis inocentes e infraestruturas civis, e pare de violar o espaço aéreo aliado. Saiba que estamos prontos, que estamos vigilantes e que defenderemos cada centímetro do território da NATO”, afirmou o secretário-geral da NATO.


Sobre a resposta à invasão do espaço aéreo polaco, Rutte considerou que foi “muito bem-sucedida”.

“Temos sempre de garantir que estamos um passo à frente, mas penso que [a noite passada] mostrou que somos capazes de defender cada centímetro do território da NATO, incluindo, naturalmente, o seu espaço aéreo.”

"Violação de ontem à noite não é um caso isolado"

O Conselho do Atlântico Norte reuniu-se na manhã desta quarta-feira e discutiu a situação à luz do pedido da Polónia para consultas ao abrigo do Artigo 4.º, esclareceu Mark Rutte.

"Os aliados expressaram solidariedade para com a Polónia e condenaram o comportamento imprudente da Rússia. Está em curso uma avaliação completa do incidente. O que é claro é que a violação de ontem à noite não é um caso isolado."

Assim, a NATO irá acompanhar de perto a situação, com as defesas aéreas permanentemente em prontidão.

Rutte terminou com um apelo ao reforço da despesa em defesa. "Isto só reforça a importância da NATO e do caminho acordado pelos aliados na Cimeira de Haia, no início deste ano. Precisamos de investir mais na nossa defesa, aumentar a produção de material de defesa para termos os meios necessários para dissuadir e defender, e precisamos de continuar a apoiar a Ucrânia, cuja segurança está interligada com a nossa", concluiu o secretário-geral da NATO.

Ouvir
  • Noticiário das 14h
  • 14 nov, 2025
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+