11 set, 2025 - 17:17 • Reuters
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, apelou esta quinta-feira aos aliados de Kiev para repensarem as suas próprias capacidades de defesa aérea, na sequência das incursões de drones no espaço aéreo polaco que Varsóvia atribuiu à Rússia.
Ao lado do presidente finlandês Alexander Stubb, em visita a Kiev, Zelensky afirmou que a Ucrânia está “aberta e pronta” para apoiar os esforços dos aliados nesta área.
Desde o início da invasão russa, a Ucrânia tem repelido inúmeros ataques aéreos utilizando um leque variado de armamento nacional e fornecido pelo Ocidente – desde metralhadoras antigas até mísseis de alta tecnologia.
O chefe de Estado defendeu que países como a Polónia devem adotar abordagens de defesa em múltiplas camadas, sublinhando que sistemas de mísseis como os Patriot, fabricados nos EUA, são demasiado caros para serem usados contra drones de baixo custo lançados pela Rússia.
“Ninguém no mundo tem mísseis suficientes para abater todos os diferentes tipos de drones”, advertiu.
Na quarta-feira, a Polónia, com o apoio dos seus aliados da NATO, abateu vários drones que violaram o seu espaço aéreo – uma ação que o presidente polaco classificou como uma provocação russa destinada a testar a resposta de Varsóvia e da Aliança Atlântica.
Zelensky destacou que a Ucrânia, fortemente dependente dos sistemas ocidentais de defesa aérea de longo alcance, mas que desenvolveu métodos próprios sofisticados para enfrentar ataques russos, está em posição de oferecer orientação prática aos seus parceiros.
O presidente revelou ainda que o primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, já concordou em enviar representantes militares para a Ucrânia com o objetivo de partilhar experiências.
Segundo uma fonte citada esta quinta-feira, os militares polacos irão receber treino especializado em técnicas de interceção de drones.