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“Gaza está a arder”. Tanques israelitas entram na cidade após intensos bombardeamentos

16 set, 2025 - 00:55 • Fábio Monteiro , Olímpia Mairos

Tanques do exército israelita entraram esta segunda-feira à noite no centro da Cidade de Gaza, após semanas de bombardeamentos intensos. A operação marca o início de uma nova fase na ofensiva contra o Hamas.

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A cidade de Gaza continua sob fogo intenso. O ministro da Defesa israelita publicou, na rede social Telegram, uma imagem com a legenda: “Gaza está a arder”.

Segundo várias agências internacionais, que citam fontes militares de Israel, tanques do exército terão entrado, nas últimas horas, no centro da Cidade de Gaza. A confirmar-se, este movimento marca uma nova fase da ofensiva contra o Hamas, após semanas de bombardeamentos e disparos de artilharia.

Num cenário de escalada militar, o secretário de Estado norte-americano alertou que a janela de tempo para alcançar um acordo é “muito breve”. Marco Rubio sublinhou que o Hamas tem apenas alguns dias para aceitar um cessar-fogo.

O diplomata reuniu-se com o primeiro-ministro israelita e prossegue hoje contactos no Catar.

Tanques das Forças de Defesa de Israel (IDF) avançaram esta segunda-feira à noite para o coração da cidade de Gaza, dando início a uma nova fase da operação militar contra o Hamas no norte do enclave palestiniano, avança o “Jerusalem Post”.

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De acordo com relatos palestinianos, o avanço terrestre ocorreu após uma nova vaga de ataques aéreos e disparos de artilharia sobre a cidade e zonas periféricas. As autoridades locais referem que o grau de destruição e intensidade dos combates não era visto há cerca de dois anos.

Cerca de 300 mil civis terão fugido da cidade de Gaza rumo ao sul, mas permanecem ainda aproximadamente 700 mil pessoas na cidade.

A decisão de invadir a cidade de Gaza tem gerado controvérsia tanto a nível internacional como interno. O chefe do Estado-Maior das IDF, tenente-general Eyal Zamir, opôs-se à medida, mas acatou a ordem do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, preferindo manter-se no cargo para tentar moderar o impacto da ofensiva sobre civis, reféns e soldados israelitas.

Netanyahu defende que esta nova fase da operação servirá para "derrotar ainda mais o Hamas".

O Presidente dos EUA, Donald Trump, reagiu à operação numa publicação na rede Truth Social, alertando que o Hamas poderá estar a utilizar os reféns como escudos humanos: "Espero que os líderes do Hamas saibam no que se estão a meter. Isto é uma atrocidade humana como poucas se viram antes. Libertem todos os reféns agora!"

Netanyahu agradeceu de imediato o apoio do antigo Presidente, elogiando a sua "postura firme" na defesa de Israel e na exigência da libertação dos reféns.

Entretanto, o Fórum das Famílias dos Reféns e Desaparecidos condenou a intensificação da ofensiva numa declaração emitida ao final da noite: "Depois de 710 noites em cativeiro, esta pode ser a última noite para reféns que mal sobrevivem. O primeiro-ministro Netanyahu carrega a responsabilidade pessoal pelo destino dos reféns."

Familiares de vários reféns deslocaram-se esta noite para a residência do primeiro-ministro, em Jerusalém, em protesto contra a decisão do governo.

[notícia atualizada às 7h30 de 16 de setembro de 2025]

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