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Macron endurece medidas contra antissemitismo antes de reconhecer Palestina

20 set, 2025 - 17:01 • Lusa

"Frente ao ódio, o Estado terá sempre a última palavra. A nação permanecerá mobilizada", indicou Macron.

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O Presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou hoje que ordenou ao seu Governo o endurecimento de medidas para combater os atos antissemitas, nas vésperas de reconhecer o Estado palestino, algo que está previsto que ocorra na próxima segunda-feira.

"Pedi ao ministro da Justiça que inicie processos para melhorar ainda mais a resposta da justiça frente ao antissemitismo e às suas novas formas", afirmou Macron, numa mensagem na rede social X.

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O chefe de Estado francês acrescentou, ainda, que o objetivo será "vigilância absoluta e resposta imediata para localizar e punir severamente os autores de atos antissemitas".

"Frente ao ódio, o Estado terá sempre a última palavra. A nação permanecerá mobilizada", indicou Macron.

O Presidente tem recebido críticas pela sua intenção de reconhecer o Estado palestino, um movimento que está previsto para esta segunda-feira juntamente com outros países, como Portugal ou o Reino Unido.

Após ter-se encontrado esta sexta-feira com o seu homólogo palestiniano, Mahmoud Abbas, encontrou-se hoje com o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, com quem copresidirá uma conferência em Nova Iorque, à margem da Assembleia Geral da ONU, para promover a solução de dois Estados para o conflito do Médio Oriente, à qual já se juntaram 142 países.

Esse encontro "deve permitir superar uma nova etapa na mobilização da comunidade internacional" por uma solução que defende "dois povos, dois Estados, paz e segurança para todos", disse.

Macron frisou que entende a "angústia, a solidão e o medo" que pode sentir a comunidade judaica de França, que lhe tem mostrado "a sua exigência de justiça e proteção".

Hoje, o jornal diário francês Le Figaro publica uma carta assinada por intelectuais, atores e figuras populares do país, a maior parte de origem judaica, pedindo a Macron que não reconheça o Estado palestiniano sem condições prévias, como a libertação dos reféns que o Hamas mantém desde o atentado de 7 de outubro de 2023 ou a dissolução desse grupo terrorista.

Na carta, afirmam ainda que o reconhecimento da Palestina "será reivindicado como uma vitória simbólica do Hamas, que agravará o perigo que paira sobre os palestinianos".

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