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Donald Trump homenageia Charlie Kirk e denuncia "ataque" contra a nação

22 set, 2025 - 09:02 • Lusa

O funeral, que durou quase cinco horas num estádio de futebol americano, contou com discursos de vários membros da Administração norte-americana

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O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, transformou a homenagem ao ativista conservador Charlie Kirk, assassinado a 10 de setembro, num comício político em que apelou à "restauração da religião" e denunciou um "ataque contra toda a nação".

Perante cerca de 73 mil pessoas reunidas no estádio State Farm, no Arizona, Trump descreveu o assassinato de Kirk como "um ataque contra toda a nação" e "contra as liberdades mais sagradas e os direitos fundamentais concedidos por Deus".

"O projétil foi disparado contra ele, mas estava apontado a todos nós", declarou Trump, garantindo que Kirk será condecorado postumamente com a Medalha Presidencial da Liberdade, a mais alta distinção civil dos EUA.

O evento, que durou quase cinco horas, contou com discursos de vários membros da Administração norte-americana, incluindo o vice-presidente, JD Vance, o secretário de Estado, Marco Rubio, o secretário da Defesa, Pete Hegseth, o secretário da Saúde, Robert F. Kennedy Jr., e a diretora dos serviços de informações, Tulsi Gabbard.

Todos exaltaram o papel de Kirk como figura central do conservadorismo cristão nos EUA. Fundador da organização Turning Point aos 18 anos, Kirk organizava debates em universidades e promovia os valores da direita cristã junto das camadas mais jovens, tendo desempenhado, segundo Trump, um papel determinante na eleição presidencial de 2024.

"A Administração está toda aqui, não apenas por amizade, mas porque, graças a Charlie, estamos todos aqui", afirmou JD Vance, um dos mais aplaudidos da noite.

Donald Trump, Presidente dos EUA com a viúva de Charlie Kirk, no seu funeral Foto: Caroline Brehman/EPA
Donald Trump, Presidente dos EUA com a viúva de Charlie Kirk, no seu funeral Foto: Caroline Brehman/EPA
Donald Trump, Presidente dos EUA, no funeral de Charlie Kirk Foto: Caroline Brehman/EPA
Donald Trump, Presidente dos EUA, no funeral de Charlie Kirk Foto: Caroline Brehman/EPA

A viúva do ativista, Erika Kirk, atual diretora executiva da Turning Point, subiu ao palco vestida de branco e disse perdoar o jovem de 22 anos suspeito do homicídio: "Charlie queria salvar jovens como aquele que lhe tirou a vida. Eu perdoo-o, porque é isso que Cristo faria".

O assassinato de Kirk ocorreu a 10 de setembro, durante um evento na Universidade de Utah Valley. Trump classificou o ativista como "um dos maiores patriotas da história dos EUA" e "o maior evangelista da liberdade americana".

Vários intervenientes compararam o papel de Kirk ao de uma figura messiânica. Marco Rubio disse que "a sua missão entre os jovens era como a de Jesus Cristo" e Pete Hegseth afirmou que todos os presentes estavam "na igreja de Charlie", recordando que o apelido Kirk significa "igreja" em alemão.

Stephen Miller, vice-chefe de gabinete da Casa Branca e amigo pessoal do ativista, proferiu o discurso mais inflamado da cerimónia. "Vocês pensavam que podiam matar Charlie Kirk? Tornaram-no imortal", disse, apelando à mobilização contra as forças que considerou serem "o mal".

O tom de comício político e o cruzamento entre religião e patriotismo dominaram a cerimónia. Trump disse querer "restaurar as fronteiras, a ordem pública e Deus nos Estados Unidos" e reiterou que a sua missão é "devolver a grandeza à América".

Designada pelas autoridades como evento de segurança máxima, a cerimónia atraiu dezenas de milhares de pessoas desde a madrugada, muitas trajando camisolas com frases como "Liberdade" ou "Eu sou Charlie Kirk".

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