23 set, 2025 - 15:10 • Ana Kotowicz
Ou é "intencional" ou não passa de "incompetência flagrante". Foi assim que o secretário-geral da NATO se referiu às ações recentes da Rússia e à violação do espaço aéreo de vários país da Aliança Atlântica. Em concreto, Mark Rutte falava dos drones russos que entraram na Roménia e na Polónia e dos caças que durante 12 minutos sobrevoaram a Estónia.
Apesar de tudo, Rutte esclarece que a NATO não identificou nenhuma ameaça imediata à sua segurança e questionado sobre possíveis ligações aos incidentes registados na Dinamarca e na Noruega — drones levaram ao fecho dos aeroportos de Copenhaga e Oslo —, Rutte disse ser “cedo de mais para conclusões”.
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O recado para a Rússia manteve-se o mesmo das suas últimas declarações públicas: a NATO está pronta para defender cada centímetro do seu território.
“Analisamos sempre o grau de perigo, se se trata de uma ameaça direta à nossa defesa e postura. Atuaremos em conformidade, mas neste caso não foi avaliada qualquer ameaça imediata”, afirmou, em conferência de imprensa, referindo-se ao incidente com caças russos que foram escoltados para fora do espaço aéreo estónio na semana passada.
“Os russos sabem que, se for necessário, não hesitaremos”, acrescentou Rutte, sublinhando que provocações deste género “são imprudentes, inaceitáveis e devem cessar”. Além disso, não conseguiram afastar a NATO do apoio à Ucrânia.
Questionado sobre os jornalistas sobre a hipótese de a NATO abater aviões russos sobre território da Aliança Atlântica, Mark Rutte disse apenas que cada decisão será tomada em tempo real e "com base nas informações disponíveis sobre a ameaça colocada" a cada momento.
Para finalizar, Rutte deixou aquele que é já o habitual recado para Vladimir Putin: “Não queremos ver uma continuação deste padrão perigoso por parte da Rússia, intencional ou não, mas estamos prontos e dispostos a continuar a defender cada centímetro do território aliado.”