05 out, 2025 - 01:19 • Reuters
O partido ANO, liderado pelo bilionário Andrej Babis, venceu as eleições legislativas deste sábado na Chéquia, sem maioria absoluta.
Com 99% dos círculos eleitorais apurados, o partido ANO segue na frente com 34,7% dos votos. Em segundo lugar está a coligação Spolu, com 23,2%, segundo dados divulgados do Instituto de Estatística Checo.
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Andrej Babis é um político conhecido pelas suas posições críticas da União Europeia, anti-imigração e apoiante de Donald Trump. A sua vitória nas legislativas pode significar alianças com a extrema-direita e menos apoio para a Ucrânia.
Num discurso entusiástico perante os seus apoiantes, Babis afirmou que o ANO vai agora tentar formar um Governo de partido único, embora admita negociar o apoio de duas formações mais pequenas – entre elas o partido de extrema-direita SPD, anti-NATO e anti-UE.
Babis também pretende conversar com o partido Motoristas, que se opõe à agenda ambiental da União Europeia.
De acordo com as projeções, o ANO deverá conquistar cerca de 80 assentos na câmara baixa do parlamento, composta por 200 lugares, o que significa que Babis terá de assegurar apoios adicionais para conseguir formar Governo.
O antigo primeiro-ministro rejeitou as críticas de que a sua vitória poderá tornar a Chéquia um parceiro menos fiável no seio da União Europeia e da NATO.
"Queremos salvar a Europa... e somos claramente pró-europeus e pró-NATO", declarou Andrej Babis aos jornalistas, após confirmar-se a sua vitória nas eleições legislativas na Chéquia.
O partido ANO prepara-se para substituir o atual Governo de centro-direita liderado por Petr Fiala. O primeiro-ministro cessante já felicitou Babis pela vitória e reconheceu a derrota.
Durante a campanha, Andrej Babis prometeu implementar na Chéquia uma agenda económica ambiciosa: crescimento mais rápido, aumento de salários e pensões, e redução de impostos, incluindo benefícios fiscais para estudantes e famílias jovens.
Estas promessas, que implicam custos de vários milhares de milhões de euros e representam o fim de anos de austeridade, desafiam a tradicional prudência orçamental do país. Ainda assim, encontraram eco junto de muitos eleitores, num momento em que os rendimentos reais dos checos caíram significativamente devido à inflação galopante que marcou os últimos anos.