09 out, 2025 - 17:33 • Catarina Santos com Reuters
O presidente dos Estados Unidos adiantou esta quinta-feira que os reféns ainda detidos pelo Hamas em Gaza deverão ser libertados na próxima "segunda ou terça-feira".
Um anúncio feito durante uma reunião de Donald Trump com o seu gabinete, na Casa Branca, para discutir o acordo alcançado esta quarta-feira. “Acabámos com a guerra em Gaza. Criámos a paz e acho que será uma paz duradoura”, sustentou o presidente.
Trump indicou ainda que tem intenção de estar no Egito quando o documento "oficial" do acordo de cessar-fogo for assinado e agradeceu aos mediadores do Qatar, Egipto e Turquia por “ajudarem a chegar a este dia incrível”.
Na mesma reunião, Trump adiantou que Gaza “vai ser lentamente reconstruída”, antevendo que “alguns países incríveis" se vão mobilizar, "investir muito dinheiro e cuidar das coisas”.
A reunião do gabinete de segurança de Israel, marcada para esta tarde, começou com 90 minutos de atraso. Do encontro deverá sair uma ratificação do acordo, incluindo a autorização para a libertação de prisioneiros palestinianos das prisões israelitas, como parte do que as autoridades descrevem como "a primeira fase do plano".
No final desse encontro, que conta com alguns ministros e pelos chefes das Forças Armadas, começa a contagem decrescente para o início do cessar-fogo em Gaza, que deverá começar 24 horas depois.
É esperado que o Hamas liberte os 20 reféns ainda vivos de uma só vez, 72 horas depois do início do cessar-fogo. Ao início desta tarde, uma porta-voz do governo israelita confirmou que, depois de todos os reféns serem libertados, o exército israelita vai controlar cerca de 53% da Faixa de Gaza.
Israel sublinha que depois deste período de 24 hor(...)
Depois do anúncio de um acordo quanto à primeira fase de um plano paz entre Israel e Hamas, arrancam esta quinta-feira os primeiros passos para cumprir a proposta apresentada pelo presidente dos Estados Unidos.
Outros elementos do acordo mais amplo não serão votados na quinta-feira, uma vez que o gabinete já endossou o que as autoridades chamam de "cinco princípios" do acordo de paz de Donald Trump, que define as etapas para o fim da guerra em Gaza.
As autoridades israelitas estimam que 20 reféns em Gaza estejam vivos e que os restantes 28 estarão mortos. O Hamas alega não saber do paradeiro de nove dos mortos.