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Hamas e outros grupos palestinianos rejeitam "tutela estrangeira" de Gaza

10 out, 2025 - 22:28 • Ricardo Vieira, com agências

Hamas, a Jihad Islâmica e a Frente Popular para a Libertação da Palestina sublinham que a governação do território é uma questão puramente interna dos palestinianos.

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O Hamas, a Jihad Islâmica e a Frente Popular para a Libertação da Palestina rejeitam qualquer forma de "tutela estrangeira" na Faixa de Gaza.

Os três grupos, em comunicado conjunto divulgado esta sexta-feira, sublinham que a governação do território é uma questão puramente interna dos palestinianos.

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As organizações manifestaram ainda disponibilidade para beneficiar da participação árabe e internacional no processo de reconstrução do enclave.

O cessar-fogo na Faixa de Gaza, ao abrigo do acordo patrocinado por Donald Trump e países árabes, entrou esta sexta-feira em vigor após dois anos de guerra.

Mais de 200 mil pessoas regressaram esta sexta-feira ao norte da Faixa de Gaza, indicou a Defesa Civil do enclave palestiniano, no dia da entrada em vigor do cessar-fogo entre Israel e o grupo islamita Hamas.

Nas horas anteriores à entrada em vigor da suspensão dos combates, as forças israelitas mataram pelo menos 19 palestinianos no território, de acordo com dados dos hospitais que receberam os corpos das vítimas.

A agência de notícias palestiniana Wafa relatou vários ataques aéreos contra diferentes locais do enclave palestiniano na manhã desta sexta-feira e até à entrada em vigor da trégua.

Fontes do enclave consultadas pela agência de notícias EFE indicaram que a maioria dos bombardeamentos na Faixa de Gaza, que está encerrada à imprensa internacional há dois anos, ocorreu antes das 12h00 (10h00 em Lisboa).

"O acordo de cessar-fogo entrou em vigor às 12h00", anunciou o Exército israelita em comunicado.

"Que seja realmente o fim." Palestinianos e Israelitas celebram Acordo de Paz em Gaza
"Que seja realmente o fim." Palestinianos e Israelitas celebram Acordo de Paz em Gaza

Após a retirada das tropas para a chamada "linha amarela" — nome dado em homenagem à cor do mapa fornecido pela Casa Branca no momento do anúncio do acordo — milhares de habitantes do enclave começaram a deslocar-se para norte, em direção à Cidade de Gaza, ao longo da estrada costeira de Al-Rashid.

Imagens divulgadas ao início do dia mostraram uma fila contínua de pessoas a dirigir-se para a parte norte do território, onde o Exército israelita alertou que várias áreas permaneciam "extremamente perigosas" para a população civil.

A partir da entrada em vigor do acordo, o Hamas tem 72 horas para entregar os 48 reféns que mantém em cativeiro, dos quais Israel estima que apenas cerca de 20 ainda estejam vivos.

A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada pelos ataques liderados pelo Hamas em 7 de outubro de 2023 no sul de Israel, nos quais morreram cerca de 1.200 pessoas e 251 foram feitas reféns.

Em retaliação, Israel lançou uma operação militar em grande escala na Faixa de Gaza, que já provocou mais de 67 mil mortos, segundo as autoridades locais controladas pelo Hamas, a destruição de quase todas as infraestruturas do território e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas.

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