10 out, 2025 - 17:09 • Ricardo Vieira
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A líder da oposição venezuelana, Maria Corina Machado, dedica o Prémio Nobel da Paz ao “povo sofredor” do seu país e ao Presidente norte-americano, Donald Trump, por todo o apoio concedido.
Principal rosto da oposição ao regime de Nicolás Maduro, Maria Corina Machado foi esta sexta-feira distinguida pelo comité norueguês do Nobel, pelos seus esforços para uma transição democrática pacífica na Venezuela.
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A Nobel da Paz de 2025 vive na clandestinidade há mais de um ano, após as últimas eleições, manchadas por acusações de fraude, que deram, mais uma vez, a vitória a Nicolás Maduro.
Numa mensagem publicada nas redes sociais, Maria Corina Machado diz que a distinção é o “reconhecimento da luta de todos os venezuelanos” e “representa um impulso decisivo” para a missão de “conquistar a Liberdade”.
“Estamos à beira da vitória e, hoje mais do que nunca, contamos com o Presidente Trump, com o povo dos Estados Unidos, com os povos da América Latina e com as nações democráticas de todo o mundo como os nossos principais aliados na concretização da Liberdade e da democracia”, apela a líder da oposição venezuelana.
Corina Machado termina a mensagem dedicando o prémio ao povo venezuelano e ao Presidente Trump, “pelo apoio decisivo à nossa causa”.
Num comunicado mais extenso também divulgado nas redes sociais, Maria Corina Machado aceita o Nobel da Paz e deixa duras críticas aos governos dos últimas duas décadas.
"Os venezuelanos têm sofrido durante 26 anos de violência e humilhação às mãos de uma tirania obcecada em submeter os cidadãos e quebrar a alma da nação."
Com raízes portuguesas, a líder da oposição na Venezuela acusa o regime de Maduro de crimes contra a humanidade.
"A máquina de opressão tem sido brutal e sistemática, caracterizada por detenções, torturas, desaparecimentos forçados e execuções extrajudiciais, que constituem crimes contra a humanidade e terrorismo de Estado", denunciou.
O Nobel da Paz foi atribuído a María Corina Machado pela sua luta pela democracia na Venezuela.
É uma "corajosa, campeã de paz (...). No último ano, foi obrigada a esconder-se. Apesar de ameaças sérias contra a sua vida, escolheu viver no seu país, algo que inspira milhões de pessoas", destacou o Comité Norueguês.
No ano passado, o Nobel tinha sido entregue a uma organização de sobreviventes de Hiroxima e Nagasaki contra armas nucleares. A Nihon Hidankyo foi fundada por sobreviventes dos bombardeamentos nucleares que o Japão sofreu em 1945 e tem lutado, constantemente, pelo fim do armamento nuclear no mundo.