10 out, 2025 - 10:00 • João Malheiro
O Nobel da Paz foi atribuído a María Corina Machado pela sua luta pela democracia na Venezuela. A decisão do Comité Nobel foi conhecida esta sexta-feira.
É uma "corajosa, campeã de paz", referiu o Comité.
"No último ano, foi obrigada a esconder-se. Apesar de ameaças sérias contra a sua vida, escolheu viver no seu país, algo que inspira milhões de pessoas", sublinhou o Comité.
O especialista em assuntos internacionais da Renascença, Manuel Poejo Torres, descreve uma mulher que "lutou pelos direitos humanos e sem dúvida uma política que se opôs à ditadura na Venezuela".
"É muito justo, uma personagem da nova política internacional. Realça a necessidade de abranger as sociedades abertas contra a tirania", analisa.
Em reação à atribuição do Nobel, a presidente do Parlamento Europeu manifesta "orgulho" pela vitória de María Corina Machado.
Roberta Metsola realça que a laureada "lutou de forma incansável pela liberdade e democracia na Venezuela e inspirou milhões de pessoas em todo o globo" e recordou a atribuição do prémio Sakharov, em 2024.
No ano passado, o Nobel tinha sido entregue a uma organização de sobreviventes de Hiroxima e Nagasaki contra armas nucleares. A Nihon Hidankyo foi fundada por sobreviventes dos bombardeamentos nucleares que o Japão sofreu em 1945 e tem lutado, constantemente, pelo fim do armamento nuclear no mundo.
Este é o quinto dos Nobel a ser anunciado, depois do da Medicina ser conhecido, esta segunda-feira, o da Física ser anunciado esta terça-feira, o da Química ser atribuído esta quarta-feira e o da Literatura ser indicado esta quinta-feira. Falta apenas conhecermos o Nobel das Ciências Económicas, na próxima segunda-feira.
O Prémio Nobel da Paz foi atribuído 32 vezes. Os prémios Nobel, criados em 1895 pelo químico, engenheiro e industrial sueco Alfred Nobel (inventor da dinamite), foram atribuídos pela primeira vez em 1901.
Nobel da Paz 2025
Alguém que participe num "processo de paz específi(...)