11 out, 2025 - 00:43 • Diogo Camilo
A guerra comercial entre Estados Unidos e China está novamente de pé, depois do presidente norte-americano, Donald Trump, ter anunciado novas taxas de 100% sobre as exportações chinesas a partir de 1 de novembro - nove dias antes da data atual para o fim das atuais tréguas tarifárias -, além de novos controlos de exportações sobre "todo e qualquer software crítico”.
As medidas surgem como resposta à China ter decidido expandir os controlos sobre a exportação de elementos de terras raras, essenciais para a produção tecnológica e um campo onde a China assegura 70% do fornecimento mundial.
Antes disso, Pequim anunciou que irá impor taxas portuárias a navios detidos, operados, construídos ou registados sob bandeira dos Estados Unidos a partir de terça-feira, como resposta às taxas portuárias aplicadas pelos EUA a navios ligados à China no mesmo dia.
Além das taxas de 100%, Trump deixou ainda no ar se o encontro com Xi Jinping, presidente chinês, previsto para daqui a três semanas na Coreia do Sul se mantém de pé. Nas redes sociais, Trump afirmou que "agora parece não haver razão para o fazer”.
"Não o cancelei. Presumo que possamos vir a realizá-lo", indicou Trump. No entanto, a China nunca confirmou a reunião entre ambos.
Trump afirmou ainda que a decisão da China expandir a exportação de elementos de terras raras foi "chocante": "Foi algo muito, muito mau".
A falar na Casa Branca, Trump ameaçou ainda impor novos controlos de exportação sobre aviões e peças de avião, com a Reuters a indicar que a sua administração está a analisar outros possíveis alvos de tarifas.