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Venezuela

María Corina Machado só recebe Nobel na Noruega se Maduro deixar o poder

14 out, 2025 - 00:36 • Lusa

Nobel da Paz deste ano diz que há "ameaças diretas" contra a sua vida, no dia em que a Venezuela fechou as suas fronteiras à Noruega, onde está sediado o comité que atribuiu a distinção.

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A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, disse esta segunda-feira que só poderá viajar para a Noruega, em dezembro, para receber o Prémio Nobel da Paz, caso o Presidente venezuelano abandone o poder, noticiou a EFE.

"Enquanto Maduro estiver no poder, não posso deixar o lugar onde estou escondida porque há ameaças diretas contra a minha vida", disse Machado, em entrevista ao jornal norueguês Dagens Naeringsliv.

Na sexta-feira, María Corina Machado recebeu o Prémio Nobel da Paz 2025 "pelo seu trabalho incansável na promoção dos direitos democráticos do povo venezuelano e pela sua luta para alcançar uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia", segundo o Comité Norueguês do Nobel, sediado em Oslo.

A líder da oposição destacou que, para ir a Oslo, a Venezuela precisa de ser livre.

"Aprendi a viver o dia-a-dia, e o povo venezuelano está a fazer tudo o que pode" pelo seu futuro, acrescentou a líder política.

Machado disse no domingo que receber o prémio "tem um impacto muito importante tanto para os venezuelanos como para o próprio regime".

A opositora disse ainda que, com o prémio, percebeu que o mundo reconhece que a luta contra o regime do Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, é legítima.

De acordo com Machado, o líder venezuelano Maduro "está absolutamente isolado e tem os dias contados".

Desde 2024 que a vencedora do Prémio Nobel da Paz reivindica aquilo que insiste ter sido a vitória do líder da oposição Edmundo González, nas eleições presidenciais de 28 de julho desse ano.

Atualmente, Edmundo González está exilado em Espanha.

Para María Corina Machado e para a maior coligação da oposição, a Plataforma Democrática Unitária, Edmundo González foi o vencedor das eleições, apesar de o órgão eleitoral, controlado pelas autoridades do governo, ter declarado Maduro reeleito.

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