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Médicos Sem Fronteiras fecham hospital no Haiti após onda de violência

15 out, 2025 - 00:58 • Diogo Camilo

Organização lamenta "difícil decisão" que considera ter sido tomada como "último recurso". Capital Porto Príncipe tornou-se num "palco de violência armada" e estabelecimento de saúde já foi atingido várias vezes por balas perdidas.

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A organização Médicos Sem Fronteiras vai fechar por tempo indeterminado a sua clínica de emergência hospitalar no Haiti, em Porto Príncipe, por razões de segurança, após confrontos violentos na região.

A decisão acontece depois de, em março, a organização ter suspendido as operações na clínica de Turgeau. Durante a retirada do local, os veículos da Médicos Sem Fronteiras receberam 15 tiros, num local onde os conflitos entre gangues tomaram conta do cenário da capital haitiana.

Num país com o setor da saúde à beira do colapso, a violência tem levado a que muitos grupos de ajuda humanitária deixassem ou suspendessem suas operações no Haiti e o chefe de missão, Jean-Marc Biquet fala num "palco de violência armada" que tem levado a que o estabelecimento de saúde em Porto Príncipe tenha sido atingido várias vezes por balas perdidas.

"MSF lamenta profundamente esta difícil decisão, tomada como último recurso. Este encerramento tem um impacto significativo no acesso à saúde para uma população já gravemente afetada pela violência, instabilidade e condições de vida cada vez mais precárias", acrescentou.

Antes da decisão, a Médicos Sem Fronteiras esperava a assinatura de um memorando de entedimento para a criação de um corredor humanitário entre Porto Príncipe e Carrefour para continuar as suas atividades.

Segundo estimativas da ONU, em junho, das 254 unidades de internamento do Haiti avaliadas pela Organização Mundial da Saúde, apenas 13% estavam totalmente operacionais.

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