15 out, 2025 - 21:03 • Ricardo Vieira, com Reuters
Donald Trump admite autorizar Israel a retomar os combates na Faixa de Gaza, se o Hamas não cumprir a sua parte no acordo de cessar-fogo.
Em declarações esta quarta-feira, à CNN, o Presidente dos Estados Unidos voltou a pressionar o grupo islamita palestiniano.
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“Israel voltará àquelas ruas assim que eu disser a palavra. Se Israel pudesse entrar e rebentar com eles, fariam-no”, afirmou Trump, quando foi questionado sobre o que aconteceria se o Hamas se recusasse a desarmar.
Na terça-feira, o Presidente norte-americano já tinha avisado que ou o Hamas entrega as armas a bem ou a mal.
“Se eles não se desarmarem, nós vamos desarmá‑los. E isso acontecerá de forma rápida e talvez violenta”, avisou Trump durante uma reunião na Casa Branca com o Presidente da Argentina, Javier Milei.
O líder norte-americano disse que comunicou esta posição ao Hamas e que o grupo tinha concordado em desarmar, nos termos da sua proposta de paz em 20 pontos.
“Falei com o Hamas, e disse: vocês vão desarmar, certo? ‘Sim, senhor, vamos desarmar’. Foi isso que me disseram”, afirmou Trump, esclarecendo depois que transmitiu a mensagem através de intermediários.
Autoridades de Israel adiantaram que a Cruz Vermel(...)
Entretanto, o comando militar dos Estados Unidos para o Médio Oriente apelou ao Hamas para que ponha fim à violência contra civis em Gaza e se desarme "sem demora".
O alerta acontece numa altura em que o grupo islamita volta a afirmar a sua presença, destacando forças de segurança e executando pessoas que considera colaboradoras de Israel.
O Hamas, que ainda não se comprometeu publicamente a desarmar nem a ceder o poder, tem vindo a reocupar gradualmente as ruas de Gaza desde o início do cessar-fogo na passada sexta-feira.
Segundo uma fonte da segurança palestiniana, o grupo já terá executado mais de 30 membros de "um gangue" na Cidade de Gaza, embora não tenha sido especificada qual a organização visada.
O Hamas justificou as execuções com preocupações de segurança e criminalidade, numa altura em que milhares de palestinianos regressam ao norte devastado do enclave.