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Pacote de Alargamento

União Europeia diz poder admitir novos membros até 2030

04 nov, 2025 - 20:40 • Redação, com Reuters

Montenegro é o país "mais bem preparado" para entrar nos 27, declarou a comissária europeia com a pasta para o Alargamento, Marta Kos. Esta confirmação da Comissão Europeia responde às inquietações de Zelensky que insiste em tornar a Ucrânia no 28.º país-membro.

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A Comissão Europeia (CE) afirmou esta terça-feira que a União Europeia (UE) poderá acolher novos membros já em 2030, elogiando Montenegro, Albânia, Ucrânia e Moldávia pelos progressos alcançados nas reformas necessárias para aderirem aos 27. Por outro lado, a Comissão criticou a Sérvia por ter abrandado no processo de reformas e acusou a Geórgia de um "grave retrocesso democrático".

"Expandir a União é do nosso maior interesse", disse a chefe da diplomacia europeia, Kaja Kallas, aos jornalistas esta terça-feira em Bruxelas, ao apresentar o relatório anual sobre os esforços dos países candidatos para se juntarem ao bloco.

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Este "objetivo realista" da CE alargar o número de membros "continua a ser um processo justo, rigoroso e baseado no mérito", reiterou Kallas.

Entre os países candidatos, Montenegro é o mais bem-visto pela Comissão. Iniciou as negociações em 2012 e esta nação foi apresentada esta terça-feira como o "mais bem preparado" no caminho à adesão, segundo a comissária europeia com a pasta para o Alargamento, Marta Kos.

Pode-se esperar que a Albânia se junte pelo "progresso sem precedentes", elogiou Kos. Em oposição, Geórgia – o outrora país mais pró-Ocidente da antiga União Soviética – foi severamente criticado pelos "direitos fundamentais" enfraquecidos no Estado, expondo o país num estado de "contínuo retrocesso", disse a responsável do pacote.

Já a Ucrânia e a Moldávia estão preparadas para avançar como novos membros, mas a oposição da Hungria, como habitual, está a atrasar o processo.

Zelensky insiste na candidatura para ser o novo 28

Esta confirmação da Comissão Europeia responde às inquietações do Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que tem avançado a sua candidatura à UE, apesar dos desafios impostos pela invasão russa e pelos bloqueios da Hungria ao progresso formal das negociações de adesão.

Zelensky saudou o relatório e reagiu à possibilidade na rede social X (antigo Twitter), com uma mensagem de que "esta é a melhor avaliação até à data", esperando "uma ação decisiva da União Europeia para superar todos os obstáculos artificiais em prol de uma Europa forte e unida".

"Estou grato a cada ucraniano que trabalha diariamente pela nossa independência, pelo nosso Estado, e a todos os que apoiam esses esforços — e, certamente, a todos os nossos bravos soldados, que lutam pela Ucrânia, pelos seus camaradas e pela própria possibilidade de uma Europa segura, unida e livre, com a Ucrânia como parte integrante", lê-se.

Porém, o processo de adesão só tem possibilidade de ser aceite se persistir no combate à corrupção no país, apesar do avanço. "Será essencial manter em dinamismo e evitar qualquer risco de retrocesso, especialmente no combate à corrupção", afirmou a comissária.

Assim, Bruxelas acautela Kiev para as expectativas altas, porque não espera proceder à adesão da Ucrânia como país membro em menos de dois anos. Esta posição relutante justifica-se por alguns países verem a Ucrânia como uma nação pobre e devastada pela guerra, com quase 40 milhões de habitantes.

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  • HungriA
    05 nov, 2025 Eur 10:03
    Enquanto não suspenderem o direito de voto e de veto à Hungria e talvez também à Eslováquia, a Ucrânia nunca entrará na UE. Exceto claro se Órban perder as próximas eleições, e um governo pró-ocidental que corte os laços com a Rússia, tomar posse na Primavera do próximo ano. Mas de momento essa hipótese é remota, não porque o Povo Húngaro não queira livrar-se de Órban, mas porque nem ele nem a polícia secreta dele nem a Rússia, vão deixar. Vai haver é uma nova fraude Eleitoral para Órban continuar.

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