04 jan, 2019 - 15:04 • Lusa
O Governo admite a possibilidade de consagrar a categoria de enfermeiro especialista, avança o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) esta sexta-feira, depois de uma reunião no Ministério da Saúde.
A CNESE - comissão negociadora constituída pelo SEP e o Sindicato dos Enfermeiros da Madeira - reuniu-se com o Governo para negociar a carreira de enfermagem e, no final do encontro, o presidente do SEP, José Carlos Martins, afirmou que a "questão mais relevante" da reunião foi o Governo ter admitido "a possibilidade da consagrar a categoria de enfermeiro especialista".
"A CNESE, perante isto, e como sempre disse, não tem qualquer oposição, desde que na categoria de enfermeiro especialista se mantenham ou melhorem os saldos salariais atuais", o que o Governo assumiu na reunião, avançou aos jornalistas.
Segundo o sindicalista José Carlos Martins, o Governo não apresentou uma nova versão do projeto de diploma e a CNESE continua a reafirmar que, para continuar a negociação de "forma séria", é determinante que o Governo resolva três questões: a justa contagem dos pontos para efeitos de descongelamento das progressões, o pagamento do suplemento remuneratório a todos os enfermeiros especialistas que ainda falta receber e a admissão de 1.500 enfermeiros.
Se estas três reivindicações não forem resolvidas até 11 de janeiro, dia em que acontecerá uma nova ronda negocial, a CNESE irá avançar com a greve decretada para os dias 22, 23, 24 e 25 de janeiro, tal como anunciado no final da manhã.
Num dos dias realizar-se-á uma greve geral nacional e nos restantes será concretizado um dia de paralisação em cada região de saúde, explicou ainda o presidente do SEP.
Esta sexta-feira é dia de negociações na saúde. Depois do SEP e do sindicato da Madeira, entram no Ministério da Saúde a Federação Nacional dos Sindicatos dos Enfermeiros (FENSE) e o Sindicato Democráticos dos Enfermeiros (Sindepor) e com a Associação Sindical Portuguesa dos Enfermeiros (ASPE), os dois sindicatos que convocaram a greve cirúrgica.
À mesa com os sindicatos está, da parte do Governo, a tutela e o Ministério das Finanças.