Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Investigadores do Porto identificam proteína que pode ter implicações na demência

12 dez, 2023 - 10:42 • Lusa

A descoberta pode criar “perspetivas para novas abordagens terapêuticas​ de doenças como o Alzheimer”, segundo o estudo do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S).

A+ / A-

Investigadores do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S) identificaram uma proteína que pode ter implicações na demência e em perdas cognitivas, abrindo portas para "novas abordagens terapêuticas" em várias doenças neurológicas, entre as quais o Alzheimer.

O instituto da Universidade do Porto esclarece, em comunicado nesta terça-feira, que a investigação, publicada na revista Cell Reports, focou-se na microglia, isto é, nas células imunes que desempenham um papel preponderante na monitorização e eliminação das sinapses [conexões entre neurónios], assegurando o seu funcionamento.

Os investigadores identificaram uma proteína que “tem um papel fundamental na regulação das interações da microglia” no estudo.

A proteína em questão, intitulada Rac1, é “critica para a interação entre a microglia e as sinapses, facilitando a plasticidade neuronal”, esclarece o líder da equipa do i3S, João Bettencourt Relvas, no comunicado,

“Essa plasticidade é a capacidade do cérebro se reorganizar com base em novas experiencias, necessidades e influencias ambientais, permitindo a aprendizagem contínua ao longo da vida”, acrescenta o investigador, que é também professor na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP).

A capacidade de adaptação humana, através de novos conhecimentos e experiências, é atribuída pela plasticidade neuronal, sendo que, com o envelhecimento e em doenças que incluem perda cognitiva, como o Alzheimer, essa plasticidade tende a diminuir.

Estas descobertas “sugerem que potenciar a sinalização desta proteína na microglia [célula do sistema nervoso] poderá eventualmente abrir caminhos para novas terapias, visando prevenir as perdas cognitivas associadas ao envelhecimento e à demência”, acrescentando os primeiros autores do estudo, que abre “perspetivas para novas abordagens terapêuticas para várias doenças neurológicas, como o Alzheimer".

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+