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Moedas lamenta que sindicatos façam greve por "estarmos a um ano das eleições"

03 jan, 2025 - 11:24 • Tomás Anjinho Chagas

Presidente da Câmara de Lisboa fez balanço da greve que causou constrangimentos na recolha do lixo em Lisboa, criticou "interesses políticos" e afirmou que cidade "está mais limpa" do que estava há três anos.

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O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, lamenta que os sindicatos que representam os trabalhadores da recolha do lixo tenham feito greve nesta altura, e acredita que não teria existido paralisação de não houvesse eleições autárquicas este ano.

Numa conferência de imprensa convocada para fazer o balanço de vários dias de greve na recolha do lixo em Lisboa, Carlos Moedas acredita que em causa está "um tema político".

"Temos de negociar, não podemos estar num ano em que os sindicatos decidem fazer greve porque estamos a um ano das eleições", atirou o autarca, líder da coligação Novos Tempos (PSD-CDS), que conquistou a Câmara de Lisboa em 2021.

Questionado sobre se acredita que a paralisação aconteceria noutra altura, Carlos Moedas devolve com ironia: "Há um ano ela não aconteceu, há dois anos não aconteceu, acontece a um ano de eleições. A pergunta é para os sindicatos, porque é que acontece agora?".

O autarca e antigo comissário europeu começou por agradecer aos lisboetas que evitaram colocar lixo na rua, e também ao setor da restauração e hotelaria que "colaboraram" com a autarquia.

"Nunca fugi ao confronto, nunca fujo aos problemas", assegurou, e logo lembrou o acordo assinado em 2023 com os sindicatos que representam os trabalhadores da recolha de lixo em Lisboa: "Fechámos um acordo com os sindicatos, estamos a cumprir em 80%"

A greve dos trabalhadores da recolha do lixo estendeu-se de 24 de dezembro a 2 de janeiro, a maior parte dos dias houve greve parcial, mas nos dias 26 e 27 de dezembro a greve foi total. Durante esse período só houve recolha do lixo orgânico e indiferenciado, pelo que o plástico, o cartão e o vidro ficaram sem recolha.

Antes do início da greve, Carlos Moedas criticou esta greve e afirmou que tinha interesses politico-partidários por trás. Os trabalhadores da recolha do lixo alegam que a Câmara de Lisboa está em incumprimento do acordo com os sindicatos, e a autarquia lisboeta rejeita, ao afirmar que a maior parte dos 15 pontos do acordo assinado em 2023 está a ser cumprido.

[artigo em atualização]

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  • Joaquim
    03 jan, 2025 Paços 15:40
    O Carlos Moedas está a fazer a mesma coisa em Lisboa, que o Rui Moreira fez no Porto! Está a deixar a cidade num antro de lixo, de criminalidade, de droga e de mau estar no dia a dia, mas que o(s) ouvir falar, a cidade está cada vez melhor, está um espetáculo! É precisamente o contrário aquilo que os habitantes sentem!
  • Anastácio Lopes
    03 jan, 2025 Lisboa 13:57
    Que moral tem Moedas para fazer esta lamentação quando foi o próprio, que nem a 1 ano das eleições autárquicas respeitou o que acordou com os sindicatos? Quando este político nem a sua própria palavra deu provas até hoje de saber respeitar, desrespeitando os sindicatos e os seus filiados, que resposta cria ele que os mesmos sindicatos que se sentem desrespeitados pelo próprio lhe dessem? Moedas e todos os outros políticos tem de se mentalizar que não vale tudo na política e que a honestidade intelectual, deve ser exigido a todos e nunca só aos outros, para os que sabem o que é isso de honestidade intelectual. Enquanto Moedas seguir a filosofia do olhem para o que eu digo e não para o que eu faço, sujeita-se às consequências que estão à vista em toda a cidade de Lisboa. è com tal comportamento que Moedas quer que haja por parte dos seus trabalhadores, estimulo, empenho ou brio profissional quando ele é o primeiro a não ter nenhum destes requisitos?

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