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Ciência

Conheça o rosto do rei D. Dinis, 700 anos depois

07 jan, 2025 - 18:31 • Lara Castro

É a primeira imagem “cientificamente fundamentada” de um monarca português da primeira dinastia.

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700 anos depois da sua morte, o rosto do rei D. Dinis foi divulgado, numa reconstituição facial da fase final da sua vida, feita a partir do estudo do ADN.

A reconstrução facial realizada através de impressão 3D é “baseada nos estudos arqueológicos e antropológicos desenvolvidos nos últimos anos, em contexto tumular e laboratorial”, explica o Património Cultural (PC), em comunicado.

O Projeto de Conservação e Restauro do Túmulo de D. Dinis começou em 2016, mas só em 2019, o túmulo do rei foi aberto “numa operação especial e delicada”. Os restos mortais do monarca foram “envoltos num tecido de linho e posicionados de modo a respeitar o esqueleto humano”.

O ADN foi recolhido através de um dente, da falange e de uma amostra do fémur. Da recolha das amostras foi possível chegar à tonalidade da pele, cor dos olhos e identidade geográfica.

Foi através de documentação histórica como estátuas e pinturas do rei que concluíram qual seria o tamanho do cabelo e da barba.

O Mosteiro de Odivelas, onde escolheu ser sepultado, foi o local escolhido para revelar o rosto do rei-poeta, esta terça-feira. É a primeira imagem “cientificamente fundamentada” de um monarca português da primeira dinastia que começou no ano de 1096 e terminou em 1383.

O estudo forense, pioneiro em Portugal, levou à descoberta do manto real e da espada régia descoberta em 2022. Os objetos estão agora em fase de restauro e vão ser apresentados posteriormente, no futuro museu dedicado ao sexto rei de Portugal, que terá lugar no Mosteiro de Odivelas.

Ao longo do ano vão ser conhecidos outros dados do rei como por exemplo a altura - que seria entre 1,65m e 1,68m - dado recolhido através da análise da coluna vertebral na altura da morte, que apresentava evidências da existência de hérnias.

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