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Maioria dos alunos universitários do Porto admite emigrar. Estado pode perder dois mil milhões por ano

07 fev, 2025 - 13:10 • Jaime Dantas

Os motivos são de "ordem económica", diz o presidente da FAP. Entre os destinos favoritos estão Reino Unido, Suíça, Alemanha, Países Baixos ou Luxemburgo.

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A maioria dos alunos da academia do Porto pondera emigrar, segundo uma pesquisa do Centro de Estudos da Federação Académica do Porto, revelado esta sexta-feira.

A saída destes jovens poderia causar uma perda de dois mil milhões de euros anuais, avança o documento. Ao final de 45 anos, esta perda ascenderia aos 95 mil milhões.

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36% dos estudantes pensa sair do país num horizonte temporal de cinco a 10 anos, sendo que 33% quer permanecer no estrangeiro menos de cinco anos, um pouco acima daqueles que pensam permanecer no exterior mais de 10 anos (30%).

À Renascença, o presidente da Federação Académica do Porto, Francisco Porto Fernandes, diz que esta vontade de sair do país tem por base "motivos de ordem económica".

"Os baixos salários, a baixa progressão na carreira, associados a um elevado custo de vida, nomeadamente no que diz respeito à habitação, faz com que os jovens sejam obrigados a mudar de país", elenca.

Entre os destinos favoritos estão Reino Unido, Suíça, Alemanha, Países Baixos ou Luxemburgo. O objetivo é "construir um projeto de vida".

"Não nos podemos esquecer que em Portugal os jovens ainda saem de casa dos pais aos 30 anos", lembra.

O representante da academia portuense considera que este "não é um problema dos jovens, é um problema do país", que "não se resolve com medidas avulso", como a isenção de IMT e o IRS Jovem.

"Este Governo está a ir no caminho certo, mas sejamos claros: o que nós temos de fazer é aumentar os salários. É preciso consensos entre os principais partidos do arco da governação e transformarmos a economia portuguesa, apostando na reindustrialização, na inovação e na ciência", diz.

O documento foi enviado para os partidos políticos.

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  • Manuel
    08 fev, 2025 Norte 10:02
    Ok eles podem ir para o estrangeiro mas ptimeiro trabalhavam alguns anos para o estado para compensar os anos em que o estado pagou os estudos de cada um. Sim porque o estado durante os anos que cada estudante esteve a estudar pagou e nesse caso devia ser ressarcido. Fica a ideia.

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