19 fev, 2025 - 08:34 • Jaime Dantas
O presidente da Associação Nacional de Revendedores de Combustíveis (ANAREC), João Durão, critica o governo por não considerar que uma botija de gás "é um bem essencial".
"Numa botija de gás de 35 euros, dez euros são impostos", lamenta o dirigente em declarações à Renascença.
Os portugueses pagam, em média, 35 euros por esta fonte de energia, o dobro do que pagam os espanhóis. O dado é avançado esta quarta-feira pelo Jornal de Notícias e João Durão detalha que o preço reflete um aumento de 28% face a 2022.
"Tem a ver com o aumento da matéria-prima e o câmbio da moeda", diz o presidente da ANAREC, enfatizando que "o principal problema são os impostos".
"Numa botija de gás de 35 euros, dez euros são impostos", reforça
O representante dos revendedores de combustíveis diz que os suecessivos governos "não têm percebido esta energia é um bem essencial" e compara com o Imposto de Valor Acrescentado (IVA) imposto a outros produtos: "Até o vinho está sujeito a uma taxa de 6%. Nós já nem falamos em chegar a esse valor, mas, pelo menos, que fosse 13%."
João Durão acrescenta que esta é uma "energia limpa" - é a mais limpa entre os combustíveis fósseis - e que em Espanha "até é subsidiada", quando em Portugal acontece o contrário: "Os portugueses é que estão a subsidiar o Estado."
"Um dia vai haver alguém inteligente que perceba que a garrafa de gás é um bem de primeira necessidade", remata o presidente da ANAREC.