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Sindicato entende que Ministério e INEM dividem responsabilidades na polémica greve dos técnicos

27 fev, 2025 - 11:33 • Teresa Almeida , Olímpia Mairos

Relatório da IGAS concluiu que Ministério da Saúde não avisou INEM para a greve dos técnicos de emergência.

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O Sindicato dos Trabalhadores de Emergência Médica considera que o Ministério da Saúde e o INEM tiveram responsabilidades nas consequências das greves de novembro, em que morreram 11 pessoas por alegada falta de socorro.

À Renascença, o dirigente Rui Lázaro diz que nenhuma das entidades sai impune.

“Sobre o INEM e sobre a senhora secretária de Estado da Gestão da Saúde que sabia das greves, que sabia o estado em que o INEM se encontrava desde junho, porque nós tínhamos transmitido e deixado, de resto, provas disso mesmo e aqui não tentou sequer nem evitar que a greve acontecesse nem atenuar os seus efeitos”, diz.

O relatório preliminar da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) apontou falhas à secretaria-geral do Ministério da Saúde tutelado por Ana Paula Martins durante a greve da função pública e dos técnicos de emergência hospitalar

Os inspetores concluíram que o INEM não se preparou para garantir o socorro à população, nos dias 31 de outubro e 4 de novembro do ano passado, porque o Ministério ignorou os pré-avisos de greve e, por isso mesmo, não avisou o Instituto Nacional de Emergência Médica.

Rui Lázaro admite que o INEM, apesar de não ter sido avisado pelo Governo da greve de Função Publica, tinha tido tempo para agir.

“Os direitos da greve sabia, aliás, tanto sabia [que] tentou designar trabalhadores, mas de forma incorreta. Não se preparou. Devia ter designado os trabalhadores nas 24 horas que a lei lhe dá para o fazer e não o fez”, assinala.

A greve levou à paragem de dezenas de meios de socorro e a atrasos significativos no atendimento das chamadas para os Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU).

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