13 mai, 2025 - 19:39 • Fátima Casanova
O Ministério da Educação pediu esclarecimentos à empresa que está a auditar o número de alunos sem, pelo menos, um professor.
A primeira parte do relatório já chegou ao gabinete de Fernando Alexandre, mas suscitou dúvidas que o ministro quer ver esclarecidas antes da divulgação das conclusões.
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Em resposta à Renascença, o gabinete do ministro da Educação disse que “após uma primeira análise foram pedidos esclarecimentos adicionais à auditora”, a KPMG, acrescentando que “só após estes esclarecimentos serão divulgadas as conclusões”.
Já esta terça-feira, o ministro Fernando Alexandre admitiu que não sabe se será possível ter um número exato de alunos sem aulas, porque o sistema de informação tem muitas falhas.
Educação
Fernando Alexandre garante que, se fosse hoje, não(...)
As conclusões da auditoria foram, inicialmente, prometidas para março, depois para abril e nesta altura não há qualquer data indicativa.
O trabalho foi solicitado pelo executivo depois de o Ministério da Educação ter feito, em 22 de novembro de 2024, um balanço do número de alunos sem aulas durante o primeiro período letivo: cerca de 2.300 alunos, menos 89% face ao ano passado.
Os dados referentes ao ano letivo 2023/2024 foram, no entanto, contestados pela oposição e por organizações sindicais e, na sequência de um pedido de esclarecimento, os serviços do ministério forneceram outros números, motivando o pedido de auditoria.
O ministro da Educação, Fernando Alexandre, reconheceu, depois, que os dados sobre os alunos ainda sem aulas não eram fiáveis.
Em declarações ao Expresso, Fernando Alexandre garante que, se fosse hoje, não teria dito com a mesma certeza que, no primeiro período do ano passado, 21 mil alunos estavam sem professor a pelo menos uma disciplina e admite que a anunciada redução de 90% pode não ser real.
"Lamento ter indicado aquele dado, hoje não o teria feito", declarou.