23 mai, 2025 - 06:00 • Fátima Casanova
A Associação para a Promoção da Segurança Infantil (APSI) já registou este ano 19 atropelamentos, quatro deles mortais. O alerta é lançado esta sexta-feira, Dia Nacional de Segurança Infantil.
A perceção da APSI é que os casos têm estado a aumentar, entre crianças e jovens, por isso, defende a necessidade de tornar as ruas mais seguras.
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“Daquilo que conseguimos apurar na comunicação social, este ano nós já identificámos 19 casos de atropelamento. Quatro resultaram em morte. Duas crianças estavam a andar a pé, outra estava numa bicicleta e outra numa trotinete. Não posso dizer 100%, mas a nossa perceção de quem recebe semanalmente todos os casos de acidentes noticiados na imprensa, eles têm aumentado”, alerta a presidente da APSI, Sandra Nascimento.
Em declarações à Renascença, a presidente da APSI defende a redução da velocidade em zonas escolares e residenciais, de 50 para 30 quilómetros por hora.
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Com esse objetivo está em curso a petição pública “Cidades seguras para todas as pessoas”.
“O objetivo é reduzir a velocidade a velocidade em zonas críticas, como as frentes escolares e residenciais de 50 para 30 quilómetros por hora. É sabido e há vários estudos que o demonstram, que esta redução de velocidade pode reduzir em 50% a probabilidade de atropelamento”, sublinha Sandra Nascimento.
Mais de metade dos acidentes com crianças e jovens são rodoviários.
A APSI alerta para o facto de os acidentes serem a principal causa de morte de adolescentes, a partir dos 15 anos, e a segunda causa entre os mais pequenos, no grupo entre os 5 e os 14 anos.
“Apesar da evolução ser positiva, porque tem sido possível reduzir o número de mortes por acidente, na verdade ainda têm este peso. Se considerarmos o universo de todas as crianças até aos 19, estamos a falar de acidentes rodoviários, em 60% dos casos”, sublinha Sandra Nascimento.
O alerta da APSI, que nesta sexta-feira quer parar o trânsito à porta das escolas para assinalar o Dia Nacional de Segurança Infantil.