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Diretores admitem prolongar ano letivo devido a provas ModA

23 mai, 2025 - 17:42 • Fátima Casanova

O Ministério da Educação avisa que as escolas têm de compensar as aulas que estão a ser canceladas por causa das provas ModA. Presidente da ANDAEP admite que, “se isso acontecer, com certeza, temos de prolongar o ano letivo por mais alguns dias”.

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O aviso é feito pelo Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI): as escolas vão ter de compensar as aulas que estão a ser canceladas por causa das provas de Monitorização da Aprendizagem (ModA). Os diretores escolares admitem prolongar o ano letivo.

Em resposta à Renascença, o gabinete do ministro Fernando Alexandre lembra que há um mínimo de 180 dias de atividades escolares que têm de ser cumpridos.

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Na quinta-feira, a Renascença denunciou que muitas escolas estão a cancelar as atividades letivas e a avisar os pais sobre a situação. Os diretores de turma justificam o cancelamento das aulas com a realização das provas ModA do 6.º ano.

Esta sexta-feira, em resposta à Renascença, o gabinete do ministro Fernando Alexandre refere que “caso o diretor decida interromper as atividades letivas, deve ser dado cumprimento ao ponto n.º 2 do artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 55/2018, de 6 de julho, na sua redação atual, que refere que as atividades escolares correspondem a um mínimo de 180 dias efetivos”

O MECI acrescenta que “havendo interrupção das atividades letivas aquando da realização das Provas ModA, terá de haver lugar à compensação do tempo desta interrupção”.

A interrupção das aulas é uma situação que o MECI admite que pode acontecer, para que sejam criadas condições para a avaliação externa, sublinhando que “o Diretor do Agrupamento de Escolas/Escola não Agrupada pode decidir determinar a interrupção das atividades letivas durante todo o dia ou apenas parte do dia, em algumas das escolas do Agrupamento, no sentido de assegurar as condições para a realização das provas ModA”.

Diretores respondem ao ministro

Face à posição do MECI, de as escolas terem de compensar as aulas canceladas, o presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e escolas Públicas (ANDAEP) admite à Renascença que, “se isso acontecer, com certeza, temos de prolongar o ano letivo por mais algum tempo, por mais alguns dias, se essa for a solução”.

Filinto Lima admite que a realização das provas ModA, em tempo letivo, está a provocar grandes constrangimentos às escolas.

Este responsável sublinha que “há escolas que não podem abrir para os outros anos de escolaridade, tendo em conta o número de alunos, o número de salas para as turmas e, portanto, é impensável abrir a escola, sobretudo da parte da manhã, para algumas turmas”.

Filinto Lima refere que estas provas “têm uma logística imensa e, por isso, é impossível conviverem no mesmo dia, alunos com prova e alunos em contexto de sala de aula.

“Têm características muito idênticas, em temos de organização, aos exames que acontecem após o término do ano letivo, daí os constrangimentos”, nas escolas, conclui o presidente da ANDAEP.
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  • Maria
    25 mai, 2025 Lisboa 22:04
    O Ministério devia saber da logística que é necessário para levar a cabo as provas ModA, na minha escola todos os professores estão requisitados para as provas no agrupamento (6 e 4 anos) resta 1 suplente. O secretariado tem trabalhado horas infindas sem serem pagas. Provas em que os alunos participam sem terem conhecimento sequer da matriz. Isso sim os pais deviam reclamar. O Ministério quando lançou o calendário escolar com as provas, devia ter pensado se tem professores nas escolas suficientes, a isso se chama planificar o trabalho. Ainda usam a avaliação externa como justificação? A maior trapalhada que alguma vez fizeram e que conseguiu deteriorar o ambiente nas escolas e mais uma vez sobrecarregar com horas a preço zero para ir avaliar colegas a outras escolas e ter que faltar aos nossos alunos que ficam sem aulas. Não peçam para os professores desatarem os nos que criam porque mesmo que queiramos já não conseguimos … e nem quero falar nas Provas de Equivalência à Frequência, que são mais um balde de água fria para conseguir o número de professores exigidos, vale mais uma ida à outra escola para completar o número e trabalhar mais umas horas sem receber. Tantas ideias idiotas e falta de respeito pelos professores. Organizem se, adaptem se , reflitam sobre o que querem e podem fazer com cada vez menos recursos de professores. Deixo o conselho que diariamente dou aos meus alunos “qualquer trabalho tem que ser realizado com os recursos que temos ou fica incompleto.”
  • Célia
    24 mai, 2025 Algarve 00:59
    Prolongamento do ano letivo... decisões absurdas e sem reflexão sobre o impacto dessas "provas" ridículas e sem qualquer sentido pedagógico. A incapacidade que a tutela tem de confiar nas lideranças escolares continua a levar o Sistema de Ensino Português para bem longe do resto da Europa A famigerada Autonomia escolar sempre incompreendida e nunca libertada do poder central. Libertem as escolas, o foco são os alunos na realidade e não no discurso. Os Diretores fazem a articulação próxima e não a partir do Ministério da Educação, em Lisboa O cumprimento do calendário escolar, de acordo com os normativos, aquando da sua publicação deveria acautelar todas as experiências pedagógicas ocas, recorda-se que as provas MODA deveriam ter o foco numa amostra, como o PISA, não de carácter obrigatório, sem matrizes, sem conhecimento de Domínios curriculares, sem critérios específicos de avaliação. Contrariam todos os conhecimentos de Avaliação Escolar, seja interna ou externa. Recorda-se que as provas feitas a nível de escola, sejam as de Equivalência à Frequência ou as de Avaliação Extraordinária, cumprem todos os requisitos e se não cumprissem seriam objeto de procedimento disciplinar e até ação inspetiva. Reflitam e deixem de fazer trapalhada num ano escolar que deverá chegar ao fim nas datas previstas em calendário. As escolas vão entrar em exames nacionais de imediato ..

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