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programa de governo

Ana Mendes Godinho. "Governo quer escamotear uma situação de incompetência de gestão de uma greve"

17 jun, 2025 - 06:33 • Jaime Dantas

A antiga ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social aponta o dedo à gestão da paralisação da CP em maio e diz que já existem ferramentas para mininizar os impactos nos serviços públicos.

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A ex-ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho critica esta terça-feira o novo programa de governo no que toca ao direito à greve.

No documento, o executivo mostra querer encontrar “o equilíbrio de interesses sociais na legislação da greve”, questão que o primeiro-ministro tinha já levantado em Maio, quando uma greve da CP fez com que nenhum comboio circulasse no país.

À Renascença, Ana Mendes Godinho rejeita que seja necessário rever a lei para acautelar situações semelhantes e aponta o dedo ao executivo por aquilo que considera "incompetência total" da tutela que "tinha mecanismos que podiam ser utilizados para acabar com a greve".

"Existiam mecanismos de negociação com os trabalhadores, como qualquer empresa faz, a definição de serviços mínimos ou, no limite, a restrição civil", diz.

A também candidata socialista à presidência da Câmara Municipal de Sintra considera que o programa do governo contempla "várias medidas da Troika" no que ao trabalho diz respeito, seja a "ilusão de maior rendimento ao receber os subsídios de férias e natal por duodécimos" ou a compra de dias de férias.

"Como é que um trabalhador que ganha o salário mínimo pode sequer pensar em estar a comprar férias quando já está no limite do ponto de vista de rendimento", questiona.

Para Ana Mendes Godinho, a prioridade deve passar por medidas que permitam uma "melhor conciliação do trabalho com a vida pessoal", apoios à contratação de jovens, criação de mais vagas em creches e a valorização salarial.

"Temos é que ter medidas que sejam a generalidade dos nossos trabalhadores e não para a elite", remata.

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  • Temos
    17 jun, 2025 não temos? 09:29
    Temos de ter... as medidas que vocês deviam ter aplicado nos 23 anos, em 30, que lá estiveram e onde se "divertiram" a arranjar empregos uns para os outros e a criar casos atrás de casos...

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