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Ataques cibernéticos na aviação aumentaram 600%. "Interesses financeiros e estatais" entre as causas

18 jun, 2025 - 06:30 • Jaime Dantas

A especialista Gabriela Rodrigues explica que estes ataques, que exigem o pagamento de um resgate, "levam a uma disrupção de todas as operações" aeroportuárias.

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A empresa tecnológica Thales revela, esta quarta-feira, que aumentaram em 600% os ataques cibernéticos no setor da aviação. Segundo consta no relatório sobre ciberameaças no setor da aviação, em 2024 foram registados 27 ataques considerados "significativos", levados a cabo por 22 grupos de pirataria informática.

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À Renascença, a analista de cyber threat intelligence, Gabriela Rodrigues, explica que estes ataques têm por base "motivações financeiras, ideológicas e até mesmo por interesses estatais, vendo nestas operações meios para atingirem alguns objetivos estratégicos".

A especialista acrescenta que os ataques barram o acesso de aeroportos e companhias aéreas aos sistemas, sendo o restabelecimento possível apenas mediante pagamento, o que "leva a uma disrupção de todas as operações".

"Acabam por ser prejudicadas todas as pessoas que estão à espera de um voo e que não conseguem aceder ao mesmo porque nem o aeroporto em si consegue aceder aos sistemas", elabora.

Não está, no entanto, em causa a segurança dos passageiros, já que, apesar dos aviões utilizarem um sistema informático, os ataques costumam ser direcionados às estruturas aeroportuárias e às empresas do setor.

Gabriela Rodrigues lembra que a aviação "está dependente de software crítico que gere informações de alto valor" e recomenda "que as empresas acompanhem a crescente sofisticação dos ataques" e garantam o "cumprimento de todas as normas de cibersegurança".

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