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Defesa

Aviões reabastecedores dos EUA aterram nas Lajes. “Significa um elevado estado de prontidão”

20 jun, 2025 - 16:57 • Pedro Mesquita , com Lusa

Esta sexta-feira foram avistadas 12 aeronaves de reabastecimento na base açoriana. Na leitura do major-general Isidro Morais Pereira, os EUA estão em “elevado estado de prontidão” para uma eventual operação contra o Irão, se a diplomacia falhar.

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Pelo menos 12 aviões de reabastecimento estão estacionados na Base das Lajes, nos Açores, numa altura em que os Estados Unidos avaliam um possível envolvimento na operação militar de Israel contra o Irão.

Em declarações à Renascença, o major-general Isidro Morais Pereira começa por adiantar que, nos últimos dias, os Estados Unidos destacaram “uma quantidade muito significativa” de aviões reabastecedores para a Europa e Médio Oriente.

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“Tudo o que se trata de operações militares planeadas devem manter-se em segredo. Antes destes aviões reabastecedores na Base das Lajes, nos últimos dias os Estados Unidos fizeram chegar a espaço europeu e ao Médio Oriente fizeram chegar uma quantidade significativa de reabastecedores em voo para alimentar o seu poder aéreo, caso os EUA entrem em ações ofensivas contra o Irão, ao lado de Israel.”

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Estados Unidos estão em “elevado estado de prontidão” - Major-general Isidro Morais Pereira

O Presidente norte-americano, Donald Trump, estabeleceu um período de duas semanas para decidir um possível ataque ao programa nuclear do Irão.

Na leitura do major-general Isidro Morais Pereira, os Estados Unidos estão em “elevado estado de prontidão”.

“Em qualquer operação militar a flexibilidade é um dos princípios a observar. Significa pura e simplesmente um elevado estado de prontidão. Naturalmente que os reabastecedores em voo são necessários”, sublinha.

Nestas declarações à Renascença, Isidro Morais Pereira não ficaria surpreendido que “Donald Trump, amanhã, decidisse envolver-se em operações ativas no Irão, cavalgando a onda de sucesso que Israel vai tendo” e ignorando o prazo dado de duas semanas.

O Presidente turco, Tayyip Erdogan, alertou para os riscos e consequências de derrubar o atual regime iraniano.

“Israel poderá estar a contribuir para a queda deste regime e, quando cai um regime num país imenso como o Irão, com uma população de 90 milhões de almas, o efeito pode ser contrário ao efeito que esperamos”, adverte o major-general Isidro Morais Pereira.

Na quinta-feira, estavam na base das Lajes oito aeronaves de reabastecimento aéreo da Força Aérea norte-americana, segundo fotografias divulgadas numa página nas redes sociais dedicada à aviação nos Açores.

Segundo a Lusa constatou no local, esta sexta-feira estão 12 aeronaves de reabastecimento aéreo na infraestrutura.

Questionada sobre a presença destas aeronaves nas Lajes, fonte do Departamento de Defesa dos Estados Unidos da América (EUA) disse apenas que “o Comando Europeu dos EUA acolhe habitualmente aviões militares (e pessoal) dos EUA em regime transitório, em conformidade com acordos de acesso a bases e sobrevoo com aliados e parceiros”.

“Para além disso, não temos mais nada a partilhar”, acrescentou.

Israel iniciou uma ofensiva contra o Irão em 13 de junho, com ataques a alvos militares e alvos relacionados com o programa nuclear iraniano, ao que o Irão respondeu com o lançamento de mísseis balísticos e ‘drones’ cidades israelitas.

Um dos principais locais de produção de urânio do Irão, Fordo, requer munições de penetração profunda.

O secretário da Defesa norte-americano, Pete Hegseth, disse na quarta-feira que o Pentágono já sugeriu à Casa Branca possíveis opções de intervenção no Irão, mas não confirmou a hipótese de um auxílio militar nos ataques israelitas.

Questionado nesse dia, Donald Trump voltou a não dizer se decidiu ordenar um ataque dos EUA ao Irão.

"Posso fazer isso, posso não fazer isso. Ninguém sabe o que vou fazer", disse Trump numa conversa com jornalistas na Casa Branca.

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