20 jun, 2025 - 17:25 • Ricardo Vieira
Um total de 504 casos de hepatite A foram registados em Portugal nos primeiros cinco meses do ano, revelou esta sexta-feira a Direção-Geral da Saúde (DGS), que fala em dois surtos no país.
Associados a
transmissão através de contacto sexual estão confirmados 122 casos de hepatite A, entre 1 de janeiro e 31 de maio.
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"Os casos notificados no contexto de transmissão por contacto sexual distribuem-se por várias
regiões do país, com maior incidência nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo e do Norte,
nomeadamente na Área Metropolitana do Porto, no sexo masculino, e em idades compreendidas
entre os 18 e os 44 anos", indica a DGS, em comunicado.
As autoridades de saúde identificaram um segundo surto no Algarve, Alentejo e região de Lisboa e Vale do Tejo, "com transmissão associada a condições deficitárias de salubridade, que tem afetado, particularmente, a população infantil".
A DGS diz estar atenta ao "aumento da transmissão do vírus da hepatite A em Portugal", que acontece em linha com a tendência reportada pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC), sobre surtos ativos em diferentes países europeus.
A hepatite A é uma infeção aguda do fígado provocada por um vírus e é uma doença muito contagiosa.
O principal modo de transmissão é por via fecal-oral, através de alimentos ou água contaminados. Também pode ser transmitido através de contacto sexual.
"É frequentemente assintomática ou ligeira em crianças com menos de cinco anos, mas, em adultos, tende a manifestar-se de forma súbita, com sintomas como febre, mal-estar e dor abdominal, sendo a icterícia (coloração amarelada da pele e dos olhos) o sinal mais característico", indica a Direção-Geral da Saúde.
Não existe forma crónica da doença, e a infeção confere imunidade
vitalícia.
Segundo a DGS, a vacinação pré-exposição contra o vírus da hepatite A é a principal forma de prevenção, sendo especialmente recomendada para os seguintes grupos:
Também está disponível vacinação para pessoas que tenham contactado com infetados, "conforme as orientações nacionais em vigor e critérios de elegibilidade, com o objetivo de prevenir o aparecimento de casos secundários".