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"Liberdade de educar". Colégios não estão preocupados com mudanças na disciplina de Cidadania

22 jul, 2025 - 21:57 • Fátima Casanova

Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo considera que as eventuais mudanças nos conteúdos da disciplina não vão interferir nos projetos educativos das escolas privadas.

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A discussão sobre a proposta do Governo para a disciplina de Cidadania, e a redução de temas ligados com sexualidade e saúde sexual, passa ao lado dos colégios privados.

O diretor-executivo da Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo (AEEP), Rodrigo Queiroz e Melo, considera que, desde que esteja “assegurada a liberdade de educar dentro dos valores que são o projeto educativo de cada colégio, não estamos preocupados”.

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Os colégios não percebem o porquê da discussão que se instalou por causa da disciplina de Cidadania, na sequência da eliminação de temáticas relacionadas com sexualidade.

À Renascença, o diretor-executivo da AEEP considera que as críticas não fazem sentido, nem as eventuais mudanças nos conteúdos da disciplina vão interferir nos projetos educativos das escolas privadas.

Rodrigo Queirós e Melo diz que a proposta do Governo é suficientemente abrangente, permitindo às escolas trabalhar os temas propostos.

“Esta discussão, no que toca aos projetos educativos, não tem nenhum impacto. O que estava em vigor até agora era uma lista de temas que deveriam ser abordados ao longo do ano e em diferentes ciclos e de diferentes formas, mas que as escolas geriam como entendessem”, explica o dirigente.

Rodrigo Queirós e Melo olha para a proposta do Governo e vê “grandes temas, que depois cada escola gere como entender”.

“Esta é a riqueza do ensino particular e cooperativo, porque as nossas propostas educativas são baseadas num projeto de valores e de maneira de estar na vida e é esse projeto que os pais vão à procura”, sublinha.

Os colégios defendem a “liberdade de escolha“ na educação e criticam que “toda a discussão que ouvimos parte do princípio de que alguém pode impor a outrem um modo de educar os seus filhos em valores e em modos de estar”.

“Estando assegurada a nossa liberdade de educar dentro dos valores que são o projeto educativo de cada colégio, não estamos preocupados. Compreendemos as dinâmicas sociais do público, mas não nos metemos nelas”, afirma Rodrigo Queirós e Melo.

O diretor-executivo da AEEP considera que “nenhum pai está à espera que, num colégio de matriz católica, a sexualidade seja tratada da mesma forma de um colégio com matriz laica, muito diferente ou muito progressista em matéria sexual”.

“São mundos diferentes, são valores diferentes e os pais têm direito a ter acesso na educação dos seus filhos aos valores que os pais definem como seus”, defende Rodrigo Queirós e Melo.

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