15 ago, 2025 - 07:58 • Olímpia Mairos
A Guarda Nacional Republicana (GNR) está a reforçar o patrulhamento de visibilidade e a vigilância em áreas florestais e agrícolas de risco elevado, muito elevado e máximo, com o objetivo de dissuadir comportamentos negligentes e detetar precocemente situações suspeitas.
Em comunicado, a força de segurança indica que “tem vindo a intensificar os esforços na investigação das causas dos incêndios, procurando apurar a origem de cada ocorrência com o máximo de rigor”.
“Encontra-se em curso, assim, um trabalho contínuo que visa investigar todos os incêndios, no mais curto espaço de tempo”, acrescenta.
De acordo com os dados divulgados esta sexta-feira, a GNR registou, até ao dia 13 de agosto, um total de 5.996 incêndios florestais, “tendo sido possível apurar, no âmbito das investigações das causas dos incêndios que, destas ignições, 30,2% foram causadas pelo uso do fogo (1.022 casos), 14,5% tiveram origem acidental (492 casos), 0,5% tiveram origem estrutural (17 casos), 24,0% resultaram de incendiarismo (814 casos), 1,0% foram naturais (35 casos), 23,2% tiveram causas indeterminadas (786 casos) e 6,6% ocorreram por reacendimento (223 casos)”.
Já segue a Informação da Renascença no WhatsApp? É só clicar aqui
Em termos de trabalho preventivo e de fiscalização, a GNR sinalizou 10.417 situações relativas à limpeza de terrenos, tendo elaborado, até ao dia 13 de agosto, 1.289 autos de contraordenação por falta de gestão de combustível.
No que toca às infrações registadas por queimas e queimadas, até ao dia 13 de agosto deste ano, foram registados 56 autos de contraordenação por queimadas e 248 por queimas e fogueiras diversas. Em todo o ano de 2024, foram elaborados 86 autos de contraordenação por queimadas e 587 autos por queimas e fogueiras diversas.
A GNR deteve 42 pessoas, em flagrante delito, pelo crime de incêndio florestal até ao dia 13 de agosto, e identificou 566 suspeitos pela prática deste crime.
Durante todo o ano de 2024, a GNR deteve, em flagrante delito, 36 pessoas pelo crime de incêndio florestal e identificou 551 suspeitos.
A GNR apela, uma vez mais, ao sentido de responsabilidade de todos os cidadãos, reforçando a importância de evitar ações que possam originar incêndios, nomeadamente: fumar, fazer lume ou fogueiras; fazer queimas ou queimadas; lançar foguetes e balões com mecha acesa; fumigar ou desinfestar apiários sem dispositivos de retenção de faúlhas; utilizar tratores, máquinas e veículos pesados sem extintor, sistema de retenção de faúlhas ou faíscas e tapa-chamas nos tubos de escape ou chaminés.