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Politécnicos alertam para diminuição de alunos e pedem alteração das regras de acesso

24 ago, 2025 - 08:10 • Lusa

Para a presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos, Maria José Fernandes, os números das colocações são o reflexo de "uma litoralização do ensino superior, que além de acentuar as assimetrias regionais, coloca em causa a coesão territorial e o legítimo acesso de todos os jovens ao ensino superior"

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Os institutos politécnicos alertaram hoje para o decréscimo nas colocações do ensino superior, dizendo que a situação é mais grave no interior dos país, e pedem que se alterem as regras de acesso.

Os resultados das candidaturas dos quase 50 mil alunos ao ensino superior são conhecidos hoje - menos 9.046 do que no ano passado - e, em comunicado, o Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos adiantaram que os cerca de 14 mil alunos colocados no subsistema politécnico representam "uma redução significativa face ao ano transato".

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A taxa de colocação nos institutos politécnicos ficou pelos 63% e a situação é mais grave nas instituições do interior do país, "onde a queda do número de alunos coloca em causa a sustentabilidade de algumas áreas de formação".

Para a presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos, Maria José Fernandes, os números das colocações são o reflexo de "uma litoralização do ensino superior, que além de acentuar as assimetrias regionais, coloca em causa a coesão territorial e o legítimo acesso de todos os jovens ao ensino superior", lê-se no comunicado.

Maria José Fernandes alertou também para a previsibilidade destes resultados, sublinhando que os institutos politécnicos alertaram a tutela para o efeito do aumento do peso das provas específicas e do aumento das provas de acesso.

"Ao mesmo tempo que reduz todo o histórico do secundário, estávamos a criar barreiras a um conjunto significativo de alunos, sobretudo os oriundos de estratos mais desfavorecidos, cujas famílias não podem pagar a preparação para os exames", explicou a presidente do Conselho Coordenador.

Os politécnicos defendem que o modelo de acesso ao ensino superior deve ser alterado já no próximo ano letivo e apontam, ainda que não sejam consideradas as questões que mais pesam, os elevados custos de alojamento e a quebra demográfica como outros fatores para a diminuição de alunos este ano concorreram na primeira fase de acesso ao ensino superior.

Na 1.ª fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior ficaram colocados 43.899 estudantes, o que corresponde a uma diminuição de 12,1% em relação ao ano passado.

Este ano houve menos nove mil candidatos ao ensino superior, não chegando aos 50 mil.

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