04 set, 2025 - 20:53 • Diogo Camilo
O gabinete que irá investigar o acidente no Elevador da Glória, em Lisboa, prevê a publicação de um relatório preliminar no espaço de 45 dias, mas o Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) só possui um investigador especializado na área ferroviária.
Assim, admitiu o presidente Nelson Rodrigues de Oliveira, o organismo terá de recorrer a "peritos externos".
Em conferência de imprensa ao lado do diretor nacional da Polícia Judiciária, o responsável do GPIAAF referiu que espera desde março por uma autorização do Governo para admitir mais um técnico mas, mesmo que tal acontecesse hoje, tal não resolveria o problema "no imediato".
"Um investigador, para ser formado, necessita de dois anos", explica, pedindo, no entanto, para não se alongar no assunto porque, "não é o momento nem o local". "Tenho a convicção de que, seguramente, o Estado português irá dotar muito brevemente o GPIAAF com os meios que necessita", concluiu, "porque o respeito às vítimas assim o exige".
Antes, Nelson Rodrigues de Oliveira adiantou que os destroços da carruagem foram transferidos para um local onde serão realizadas peritagens. O GPIAAF irá realizar ainda entrevistas às pessoas envolvidas no caso e na manutenção do elevador, estando prevista a publicação de um relatório preliminar no espaço de 45 dias, com o responsável a sublinhar que “os factos apurados ainda precisam de contexto”.
Para esta sexta-feira está prevista uma nota informativa do GPIAAF, a dar conta das constatações iniciais e da orientação que a investigação irá prosseguir, indicou à agência Lusa fonte do organismo público.
Em causa estarão informações sobre as perícias no local do descarrilamento do Elevador da Glória, em Lisboa.