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"Não menti": Reitor da Universidade do Porto responde ao ministro da Educação

05 set, 2025 - 18:43 • Ricardo Vieira

António de Sousa Pereira reafirma que sentiu "pressões de várias pessoas influentes e com acesso ao poder", mas nunca falou do ministro Fernando Alexandre.

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O reitor da Universidade do Porto, António de Sousa Pereira, responde às acusações do ministro da Educação e garante que não mentiu no caso das vagas no curso de Medicina.

"O reitor da Universidade do Porto não mentiu", sublinha a Universidade do Porto, em comunicado enviado à Renascença.

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"Em nenhum ponto da notícia hoje publicada no semanário Expresso, o senhor reitor afirma que foi pressionado pelo senhor ministro", esclarece.

De acordo com o mesmo comunicado, o artigo "refere, isso sim, pressões de várias pessoas 'influentes e com acesso ao poder', pelo que se estranha a acusação do professor Fernando Alexandre, bem como o tom adotado durante a sua declaração pública.

O gabinete do reitor da Universidade do Porto considera que o esclarecimento do Ministério da Saúde e a declaração posterior do ministro Fernando Alexandre, em conferência de imprensa, "confirmaram, de resto, todos os factos descritos da notícia do Expresso, incluindo as pressões de que também o MECI e o Parlamento foram objeto".

"Qualquer outro esclarecimento adicional será prestado unicamente às entidades que venham ainda a ser chamadas a intervir neste processo", conclui o comunicado.

António de Sousa Pereira divulgou o esclarecimento após o ministro da Educação ter manifestado "enorme desilusão" face ao reitor da Universidade do Porto, que acusou de mentir sobre alegadas pressões para aceitar candidatos ao curso de Medicina, e disse que aceitaria a sua demissão.

"Quero começar por dizer, de forma muito clara, que o senhor reitor da Universidade do Porto, António Sousa Pereira, mentiu. O mais alto representante de uma das mais importantes instituições de educação do nosso país mentiu", afirmou Fernando Alexandre no início de uma conferência de imprensa.

Em causa está uma notícia do jornal Expresso, a quem o reitor daquela instituição denunciou ter recebido pressões de várias pessoas "influentes", sem querer adiantar nomes, para deixar entrar na Faculdade de Medicina 30 candidatos que não tinham obtido a classificação mínima na prova exigida no curso especial de acesso para licenciados em outras áreas.

O assunto, escreve o Expresso, chegou ao ministro da Educação, que ligou ao reitor a manifestar disponibilidade para que se criassem vagas extraordinárias de modo a que estes alunos (que não tinham obtido a classificação mínima na prova exigida no concurso especial de acesso para licenciados em outras áreas) tivessem lugar na Faculdade de Medicina.

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