06 set, 2025 - 21:01 • Olímpia Mairos , Marisa Gonçalves
O incêndio que deflagrou esta manhã em Seia está a evoluir de forma favorável, com 70% do perímetro já dominado. Apesar disso, mantém-se a recomendação de que as populações de Vila Cova à Coelheira, Valezim e Sazes da Beira permaneçam em zonas seguras.
“Há essa indicação de confinamento”, confirmou à Renascença o presidente da Câmara Municipal, Luciano Ribeiro. A medida pretende proteger as pessoas e garantir o acesso aos pontos de apoio criados em cada localidade.
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Segundo o autarca, não há habitações em risco. No entanto, em apenas dez horas, o fogo já consumiu cerca de dois mil hectares num concelho que tinha sido recentemente atingido por outros incêndios. O suspeito de ter ateado as chamas foi detido pelas autoridades.
Luciano Ribeiro lamenta o momento em que ocorreu o sinistro, numa altura em que as equipas se preparavam para consolidar áreas anteriormente ardidas.
“Ser surpreendidos por um incêndio no fundo de um vale, num dia de vento intenso, por atividade humana não útil, é um enorme desalento. Estamos a falar de milhares de pessoas que passaram a tarde com o coração na mão, à medida que o fogo atravessava povoações e zonas industriais. Foi um verdadeiro sufoco para todos nós”, relatou.
Perante a dimensão das chamas e os danos registados, o município ativou às 17h00 o Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil. “Esta decisão permite reforçar não só as ações de combate, mas também o apoio às populações”, explicou o autarca.
Entretanto, foi reaberta a Estrada Nacional 17, que esteve cortada entre Catraia de São Romão, em Seia, e Póvoa das Quartas, já no concelho de Oliveira do Hospital.
[notícia atualizada às 22h30 de 6
de setembro de 2025]